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As pistas do perfil econômico de Haddad em sua gestão na prefeitura de SP

Entre bons e maus resultados, gestão teve marcos importantes como redução da dívida da cidade com a União e humanização do espaço público

Por Luisa Purchio Atualizado em 9 dez 2022, 12h49 - Publicado em 9 dez 2022, 12h00

Anunciado ministro da Fazenda do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Haddad teve uma gestão à frente da Prefeitura da cidade de São Paulo entre os anos de 2013 e 2016 que dá pistas de seu perfil como gestor econômico. Em São Paulo ele deixou como um dos seus principais legados uma importante renegociação de uma dívida com o governo federal que se originou em investimentos em infraestrutura e emissões para pagamento de precatórios em 2000.

A dívida bilionária com a União já havia sido alertada pelos ex-prefeitos José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD), mas foi Haddad quem assumiu a questão como prioridade e conseguiu aprovar uma lei que reduziu o saldo de 79 bilhões de reais para 29 bilhões de reais, em fevereiro de 2016, último ano de sua gestão. O feito ocorreu devido à mudança do indexador da dívida, da substituição da aplicação do IGP-DI mais juros de 6% a 9% ao ano pelo IPCA mais juros de 4% ao ano.

O acordo foi feito graças ao bom relacionamento entre Haddad e a então presidente Dilma Rousseff e o então ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Também houve aprovação do Congresso Nacional. “Eu penso que o futuro vai nos agradecer pelo esforço que ninguém acreditava possível de convencer todos os partidos do Congresso Nacional que era uma tese meritória que ia beneficiar uma cidade que trabalha dia e noite pelo Brasil”, disse Haddad à época.

A renegociação foi importante naquele momento de crise econômica no governo Dilma, quando a União deixou de repassar valores como 8 bilhões de reais previstos em convênios. Além disso, permitiu ao município voltar a contrair crédito junto a bancos e agências de fomento internacionais.

Outras ações

A gestão de Haddad em São Paulo enfrentou contratempos como o congelamento da tarifa de ônibus após as manifestações dos “não são só 20 centavos” que paralisaram a cidade de São Paulo e todo o país em 2013, primeiro depois de assumir a Prefeitura. Além disso, enfrentou uma ação judicial do PSDB que impediu o reajuste do IPTU por um ano.

Além disso, Haddad realizou ações que marcaram significativamente a cidade, como o aumento dos corredores de ônibus que diminuíram o tempo da população no transporte coletivo no trajeto trabalho-casa, o fechamento da Avenida Paulista para carros aos domingos e feriados, a regulamentação do carnaval de rua e os parklets, ou seja, a transformação de vagas de rua em pequenas praças na cidade.

Apesar disso, foi criticado por medidas como ciclofaixas mal feitas, colocadas em locais não propícios ao trânsito dos ciclistas, e a redução da velocidade permitida em vias sem o devido processo de educação aos motoristas. Outro marco negativo foram as vagas em creches, terminando sua gestão tendo reduzido a fila de crianças de zero a três anos na maioria dos bairros, porém, ao fim da gestão, com 133 mil crianças na espera e aumentando a fila em 22 dos 96 distritos da capital.

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