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Com sistema no limite, governo nega que apagão seja efeito de sobrecarga

Interrupção no fornecimento de energia atingiu onze estados nesta terça-feira; a causa do blecaute ainda é desconhecida

Por Gabriel Castro, de Brasília
4 fev 2014, 18h00

Representantes do Ministério de Minas e Energia negaram que o apagão que atingiu onze Estados nesta terça-feira tenha relação com a sobrecarga do sistema elétrico, que opera em sua capacidade limite, conforme adiantou a coluna Radar On-line, do site de VEJA. O governo convocou uma coletiva durante a tarde para dizer, basicamente, que tem certeza que o problema não é a sobrecarga, mas, paradoxalmente, tampouco sabe qual poderá ser a outra razão que explique a falha que interrompeu o fornecimento de energia por cerca de quarenta minutos. “Um evento como esse não têm nada a ver com stress de sistema. São eventos que ocorrem, como ocorreram no ano passado e no ano retrasado”, afirmou Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia.

O desligamento teve início às 14h03 e terminou às 14h40 (horário de Brasília) – no Rio de Janeiro, contudo, chegou a durar cerca de duas horas. Até agora, a versão oficial é de que o problema ocorreu no circuito Norte-Sul: por uma razão ainda desconhecida, o abastecimento foi interrompido automaticamente para evitar um efeito cascata.

Segundo Zimmermann, incidentes do tipo podem ser causados por queda de torres, queimadas ou problemas na proteção do sistema. A confirmação depende de uma análise do Operador Nacional do Sistema (ONS), que será feita nos próximos dias. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, deve comandar uma reunião do Conselho Nacional de Política Energética Elétrica para tratar do assunto.

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Termelétricas – Márcio Zimmermann admitiu que, dos 21.000 megawatts que as termelétricas podem gerar, cerca de 15.000 estão sendo utilizados. Normalmente, estas usinas são acionadas apenas quando as hidrelétricas não são suficientes para abastecer o sistema. Em janeiro, a afluência de água nas usinas hidrelétricas foi a pior para o mês desde 1954.

Ele afirmou que a capacidade instalada do sistema é de 127.000 megawatts; mas este número é irreal porque leva em conta o potencial máximo de todas as hidrelétricas. Nos últimos dias, o sistema tem registrado sucessivos recordes de consumo. A marca mais recente é de 84 000 megawatts. Ainda assim, o secretário-executivo negou que a situação seja alarmante: “Nós estamos numa situação de equilíbrio estrutural”, disse ele.

Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Energética (EPE), deu declarações semelhantes às de Zimmermann: “Nós temos uma situação de afluência ruim. Por causa do calor, o consumo está alto. Mas, graças aos investimentos que foram feitos, não há riscos em termos do abastecimento de energia elétrica”, assegurou, reproduzindo a frase proferida por Lobão no dia anterior, quando questionado sobre o risco de apagão.

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