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Com otimismo no cenário externo, dólar cai 0,8% e é negociado a R$ 4,06

Ibovespa avança 0,4%, com gesto amigável chinês em relação aos produtos americanos e com expectativa de corte nos juros na Europa

Por Lucas Cunha 11 set 2019, 18h05

O dólar comercial teve queda de 0,76% frente ao real, ficando em 4,06 reais para a venda nesta quarta-feira, 11. É a menor cotação desde o dia 21 de agosto, quando a moeda foi negociada a 4,03. A volatilidade da moeda acompanhou o otimismo nos mercados externos, que estão atentos às negociações feitas entre as duas maiores potências econômicas mundiais.

O entusiasmo foi em razão da China ter anunciado nesta quarta-feira um lote de isenções tarifárias para 16 tipos de produtos dos Estados Unidos, indicando a intenção do país asiático de retirar as tarifas já existentes. O gesto amigável acontece um pouco antes de uma reunião planejada para o início de outubro, que reunirá os negociadores comerciais dos dois países para tentar diminuir a escalada de suas tarifas, em meio à disputa comercial que é travada desde o ano passado. “Os chineses estão pegando mais leve nas sanções e o assunto agora está sendo mais bem encaminhado”, afirma André Perfeito, economista-chefe da Necton. No velho continente, os mercados esperam bons resultados na reunião de política monetária que será realizada pelo Banco Central Europeu (BCE) nesta quinta-feira. A expectativa é de que sejam anunciados novos cortes na taxa de juros.

Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, encerrou o pregão desta quarta-feira, 11, com alta de 0,40%, fechando aos 103.445 pontos, atrelado aos movimentos nos setores de varejo e financeiro. Após as principais varejistas do país sofrerem dois dias de quedas em suas ações com a chegada do serviço de assinatura Prime, da Amazon, o dia fechou com resultado positivo. 

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De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio, o volume de vendas no comércio acelerou 1% em julho ante o mês anterior, a maior alta desde novembro – momento em que ocorre a Black Friday. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A boa performance se deve às categorias de hipermercados e eletrodomésticos, que cresceram e 1,3% e 1,6% no mês ante junho, respectivamente. Ademais, construtoras tiveram altas em seus papéis, em decorrência do empenho do Congresso Nacional em garantir recursos para o programa Minha Casa Minha Vida.

No cenário internacional, o Ibovespa também fica movimentado pelos investidores que estão em estado de alerta para os grandes eventos que acontecerão nos próximos dias. “As reuniões do BCE e do Federal Reserve trarão mais esclarecimentos para o mercado acerca das políticas monetárias que serão adotadas daqui pra frente pela Europa e Estados Unidos”, diz Thiago Salomão, analista da Rico Investimentos.

(Com Reuters)

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