Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Com inflação crescente, mercado estima taxa de juros maior, a 8%

Boletim Focus prevê inflação mais alta pela 23ª vez consecutiva e pressiona juro básico, cuja projeção para fim do ano cresceu 0,50 ponto em um mês

Por Larissa Quintino Atualizado em 14 set 2021, 14h24 - Publicado em 13 set 2021, 09h09

O Boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 13, trouxe um aumento da previsão da inflação pela 23ª semana consecutiva.  De acordo com a última pesquisa realizada com mais de 100 instituições do mercado pelo Banco Central, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficará em 8% ao final de 2021, meio ponto percentual acima da estimativa de um mês atrás.

Nesse cenário, a consequência direta é a pressão na taxa básica de juros. O mercado elevou na última semana a previsão mediana da Selic de 7,63% para 8% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne na próxima semana para decidir sobre a Selic. Para 2021, o mercado também vê a Selic a 8%, acima dos 7,75% estimados na semana anterior. A estimativa para o PIB, por sua vez, foi revisada para 5,04%, ante a 5,28% previstos no mês passado.

No caso da inflação, o câmbio em patamar alto, a energia elétrica em alta, e a pressão dos combustíveis e alimentos puxam o IPCA para cima. A projeção desta semana, mais uma vez, está bem acima da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, que buscava 3,75% no ano, com margem de tolerância até 5,25%. Nos últimos 12 meses terminados em agosto, o índice acumula alta de 9,68%, segundo o IBGE.

Vale lembrar que, no ano passado, a inflação ficou em 4,52%, acima da meta de 4%, mas dentro da margem de tolerância. Caso a alta esperada pelo mercado para 2021 se confirme, o indicador terá acelerado mais que em 2016, quando teve alta de 6,29%. Em 2015, a alta foi de 10,67%. No caso de 2022, o mercado vê o índice a 4,03%, acima da meta de 3,50%, mas dentro do teto, que vai até 5%.

Continua após a publicidade

PIB

Pela quinta semana seguida, o Boletim Focus indica recuo na projeção para o PIB no ano. O mercado espera que o PIB feche o ano em 5,15%, abaixo dos 5,22% projetados na semana passada. Frente à estimativa de um mês atrás, o dado fica 0,15 ponto abaixo da previsão, de 5,30%. Para 2022, a estimativa caiu de 1.93% para 1,72%.

No segundo trimestre do ano, o PIB estagnou, com ligeiro recuo de 0,1% no período. O dado foi resultado de problemas de estiagem afetando o agro e de falta de suprimentos causando queda na indústria, e os serviços, que tiveram recuperação mais lenta do que a esperada, apesar do avanço da vacinação. Com a instabilidade política, clima eleitoral, problemas fiscais e a taxa de juros mais alta, a recuperação econômica projetada no cenário pós pandemia fica cada vez mais tímida.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.