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Com impulso de MEIs, Brasil bate recorde em abertura de empresas em 2020

Segundo o Ministério da Economia, país registrou saldo positivo de 2,3 milhões de novos negócios abertos, o maior desde início da série histórica, em 2010

Por Larissa Quintino Atualizado em 5 fev 2021, 00h11 - Publicado em 2 fev 2021, 12h15

Em pleno ano da pandemia do novo coronavírus, 3,359 milhões de empresas foram abertas no Brasil no ano passado e 1,044 milhão foram fechadas, informou o Ministério da Economia nesta terça-feira, 2.  Assim, o país registrou um saldo positivo de 2,315 milhões de novos negócios abertos no período. De acordo com o governo, o número de empresas abertas no ano passado foi o maior desde o início da série histórica, em 2010. Vale ressaltar que a maior geração de CNPJs foi de MEIs, os microempreendedores individuais. Das 3,3 milhões de empresas abertas, 2,6 milhões são desta figura jurídica.

Os dados estão no Mapa de Empresas, ferramenta digital do Ministério da Economia para acompanhamento de dados sobre registro empresarial no Brasil. “Os números demonstram que a economia tem reagido bem mesmo no cenário de pandemia, conforme indicam os dados do registro histórico de abertura de empresas no Brasil em 2020”, avalia o ministério. “Os dados demonstram o empenho dos órgãos federais, estaduais e municipais na implantação de melhorias para tornar o ambiente de negócios mais dinâmico no país, tanto que o tempo de análise dos pedidos de abertura de novos negócios caiu consideravelmente em 2020”, diz o documento.

A criação recorde de empresas, especialmente de MEIs é um reflexo da dinâmica do mercado de trabalho brasileiro no ano da pandemia, conforme abordou VEJA. A taxa de desemprego no país cresceu de 11,6% em novembro de 2019 para 14,1% em novembro de 2020. Com menos oportunidades, uma das soluções para continuar tendo renda foi o empreendedorismo. Com uma melhor facilidade de formalização trazida pelo MEI, além de alguma proteção a esse empreendedor como contribuição previdenciária — e, neste ano, o auxílio emergencial — o crescimento dessa categoria foi potencializado.

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“Isso reforça a importância dos pequenos negócios para o país, além de eles serem um dos pilares da retomada após a Covid-19. A abertura de MEIs cresceu 8,4% quando se compara com 2019, e supera a taxa de abertura total de empresas, que cresceu 6% [no ano passado]. A abertura de MEIs tem elevado a taxa total de empresas abertas”, explicou a subsecretária de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato do Ministério da Economia, Antonia Tallarida.

A abertura recorde de novos negócios —  essencialmente pequenos — é celebrada pelo Sebrae. A entidade observa uma mudança no perfil de abertura de empresas entre as atividades mais procuradas. Serviços de beleza, recordistas em MEI, perderam espaço para atividades que ganharam mais relevância na economia. “O setor de cabeleireiros, manicure e pedicure, por exemplo, que em 2019 estava no topo com o maior número de MEI abertos, teve uma queda de quase 20% no ano passado. Essa mudança, com certeza, está diretamente relacionada aos impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus”, analisa. O maior crescimento do número de novos MEI foi identificado nas áreas de Transportes (86%), Restaurantes e Similares (59%), Fornecimento de Alimentos para Consumo Domiciliar (48%) e Comércio Varejista de Bebidas (41%).

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A abertura de novos negócios vai de encontro a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), considerado o maior estudo contínuo sobre o empreendedorismo no mundo, realizado no Brasil com a colaboração do Sebrae. O levantamento divulgado no ano passado indicava que o país deveria alcançar o recorde histórico de empreendedorismo com cerca de 25% da população adulta envolvida em um novo negócio ou com uma empresa com até 3,5 anos de atividade. “Uma análise da evolução das taxas de empreendedorismo no país nos últimos 20 anos mostra que, em tempos de recessão econômica, é comum que os brasileiros recorram ao empreendedorismo por necessidade, como alternativa de ocupação e renda. Isso já ocorreu em períodos anteriores (a exemplo do que foi verificado entre os anos de 2014 e 2016)”,  diz o analista de gestão estratégica do Sebrae, Tomaz Carrijo. 

Tempo para abrir uma empresa

Uma das bandeiras da equipe econômica do governo Bolsonaro é a desburocratização, ou seja, diminuir os entraves para melhorar o ambiente de negócios do país. Um dos termômetros usados pelo Ministério da Economia para isso é o tempo de abertura de empresas. Segundo a pasta, para abrir um CNPJ no Brasil eram necessários, em média, 2 dias e 13 horas.Em relação ao verificado ao final de 2019, houve uma redução de 1 dia e 22 horas (43%) no prazo.

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