Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Sem solução para o Bolsa Família, governo paga última parcela do Auxílio

Benefício emergencial concedido para 35 milhões de famílias chega ao fim sem a definição do Auxílio Brasil, programa deve substituir o Bolsa Família

Por Luana Zanobia Atualizado em 18 out 2021, 14h28 - Publicado em 18 out 2021, 11h39

O governo federal, por meio da Caixa Econômica Federal, começa a pagar nesta segunda-feira, 18, a sétima e última parcela do Auxílio Emergencial, concedido para minimizar os impactos na renda durante o enfrentamento da pandemia de Covid-19. O benefício temporário concedido para cerca de 35 milhões de famílias chega ao fim sem a definição do Auxílio Brasil, novo programa de transferência de renda que deve substituir o Bolsa Família. Em agenda pública nesta segunda-feira em Minas Gerais, o presidente Jair Bolsonaro disse que espera decidir sobre a prorrogação do auxílio ainda esta semana.

A expectativa do governo Bolsonaro é que o Auxílio Brasil, que prevê aumento dos atuais 150 reais para 300 reais, entre em vigor ainda em novembro deste ano. Para viabilizar o programa, o governo tem lançado mão de manobras. O financiamento em 2021 fica por conta do aumento do IOF. Porém, a continuidade do programa em 2022 está atrelada a aprovação da PEC dos Precatórios, que está em avaliação na Câmara, e da reforma do IR, em tramitação no Senado, isso para conseguir espaço no teto de gastos e não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Mas as propostas, em especial da reforma do IR, tem enfrentado resistência dos parlamentares. A revelação das ‘offshores’ do ministro da Economia, Paulo Guedes, começaram a pesar e enfraquecer a solução da reforma do IR. Com as possibilidades emperradas pelo Congresso, o tempo para que Bolsonaro crie um programa permanente de transferência de renda (Auxílio Brasil), começa a se esgotar. De acordo com a lei eleitoral, é proibido a criação de programas em ano eleitoral, assim o governo teria até dezembro para resolver o Auxílio Brasil e começar a pagar os beneficiários.

Em meio aos impasses e a aproximação das eleições, Bolsonaro começa a pressionar a equipe econômica na avaliação de uma prorrogação do auxílio emergencial. A medida, no entanto, não agrada à equipe. Isso porque a prorrogação do benefício também exige um crédito extraordinário e o secretário especial de Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, responsável por autorizar esse crédito não tem sinalizado a possibilidade de concessão.

Bolsonaro só tem dois meses para solucionar esse cabo de guerra: continuar atendendo os mais vulneráveis ao mesmo tempo em que mobiliza o Congresso para equilibrar as contas fiscais, prerrogativas eleitoreiras básicas para aumentar sua popularidade na disputa das eleições de 2022.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.