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Cielo quer massificar pagamentos com QR Code via smartphone

Consumidores precisarão de celular com câmera e aplicativos de bancos e de carteiras digitais para efetuar suas compras com nova tecnologia

Por Fabiana Futema Atualizado em 18 set 2018, 18h27 - Publicado em 18 set 2018, 15h28

A Cielo, controlada pelo Bradesco e Banco do Brasil, quer massificar a utilização do celular como meio de pagamento por meio da tecnologia QR Code. O público-alvo inicial são 40 milhões de usuários de smartphones que não precisarão carregar dinheiro nem cartões para pagar suas contas. O celular será a ferramenta de pagamento – o cliente não precisará de pulseirinhas ou relógios para fazer compras.

Para que a tecnologia seja utilizada em larga escala, segundo Daniel Caffaro, vice-presidente da Cielo, é preciso atacar em duas frentes: lojistas e consumidores. Segundo ele, não muda nada para os lojistas. Quem já tem um terminal de pagamento da Cielo terá uma opção a mais para receber o pagamento. “Ele vai usar o próprio terminal e escolher se quer inserir ou aproximar o cartão ou gerar um QR Code, afirma Caffaro.

Já o consumidor que quiser pagar suas compras com QR Code precisará baixar o aplicativo compatível com as máquinas da Cielo. A empresa fez parcerias com empresas financeiras e de pagamentos, como a PicPay, o banco digital Agibank, as empresas dos bancos controladores da Cielo, a Alelo, de benefícios, e a Livelo, de fidelidade, além do Bradesco e BB.

Mas Caffaro afirma que  pagamento por QR Code estará aberto para qualquer empresa. Ele cita a China, onde quase tudo é pago por QR Code. “É possível pagar tudo com QR Code na China, desde alugar uma bicicleta até pagar um estacionamento.”

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O Mercado Pago, fintech da Mercado Livre, já entrou no meio de pagamento de QR Code. Como incentivo ao lojista, a Mercado Pago não cobra nenhuma tarifa dos pagamentos efetuados com QR Code. Na Cielo, entretanto, haverá cobrança de tarifa por transação.

Tulio Oliveira, diretor do Mercado Pago, também aposta na massificação dos pagamentos com QR Code nos próximos anos. “É mais fácil para o lojista e para o usuário. A vantagem de não pagar tarifa é enorme, pois é um custo que pesa muito no final do mês.”

O sócio-fundador da PicPay, Diogo Roberte, diz que o pagamento com QR Code deve ser assimilado com mais facilidade pelo público mais jovem, pois utiliza uma tecnologia mais amigável que a oferecida pelos aplicativos de bancos. “Na hora de fazer uma transferência, por exemplo, não é preciso ter o nome inteiro, CPF, conta e banco da pessoa que vai receber o dinheiro. É muito mais simples.”

Criado por empresários do Espírito Santo, o PicPay tem 9 milhões de usuários. O principal uso do aplicativo é para rachar contas entre amigos.

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Alexandre Pinto, diretor de inovação e novos negócios da Matera, diz que a tendência é que o varejo passe a oferecer novas tecnologias de pagamento ao consumidor. Ele cita o caso da Via Varejo, que controla a Casas Bahia, que fez uma parceria para oferecer uma carteira de pagamentos aos clientes da rede.

“Durante muito tempo, o varejo ficou nas mãos dos bancos. Supermercado, posto de gasolina, farmácia, todos eles dependem dos meios de pagamento tradicionais. Com as novas regulamentações das fintechs, o varejo percebeu que também pode oferecer meios de pagamento”, afirma Pinto.

Em relação ao formato de pagamento, o executivo da Matera diz que o celular deve prevalecer em detrimento das populares maquininhas. “Todo mundo tem celular hoje. Em algum momento, as pessoas vão perceber que não precisam de maquininhas para receber pagamentos, basta um celular.”

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