Chipre rejeita possibilidade de moratória
Segundo o ministro da Economia, “foi criada uma preocupação desnecessária” entre os cidadãos da ilha mediterrânea
O ministro da Economia do Chipre, Vassos Sharly, assegurou nesta sexta-feira que o estado cipriota não tem nenhum problema de liquidez e rejeitou a possibilidade de uma moratória, insinuada recentemente pela oposição.
Segundo o ministro, “foi criada uma preocupação desnecessária” entre os cidadãos da ilha mediterrânea, o quinto país da zona do euro a necessitar de ajuda financeira.
Sharly acrescentou que, caso haja a eventualidade de um problema de liquidez, “existem mecanismos para obter qualquer quantia (de capital) necessária para que o governo responda a suas necessidades”.
O ministro, no entanto, não especificou como seu Executivo pensa assegurar a liquidez necessária.
O Chipre, que atualmente exerce a presidência semestral da União Europeia (UE), sofre com a forte exposição de seus bancos à crise da Grécia.
Só as duas principais entidades financeiras cipriotas necessitam de uma injeção de 2,3 bilhões de euros, montante equivalente a 13% do Produto Interno Bruto (PIB) da ilha.
A agência de qualificação de riscos Fitch, por sua vez, calcula que o setor bancário cipriota pode precisar, em seu conjunto, de até 6 bilhões de euros, ou seja, 30% do PIB.
(Com agência EFE)