NICOSIA, 11 Jun (Reuters) – O Chipre, que é membro da zona do euro, indicou nesta segunda-feira que pode precisar pedir um resgate internacional antes do final deste mês, tanto para seus bancos quanto para seus cofres em geral.
“A questão é urgente. Nós sabemos que a recapitalização do bancos (da ilha) deve ser finalizada até dia 30 de junho e restam apenas alguns dias”, disse a jornalistas o ministro das Finanças, Vassos Shiarly.
Chipre está sob pressão para pedir ajuda visando a ajudar a salvar o seu segundo maior credor, o Banco Popular de Chipre, que se curvou diante de sua exposição à dívida da Grécia, antes do prazo regulatório de 30 de junho.
Chipre assume a presidência rotativa da União Europeia (UE) por seis meses no dia seguinte.
Respondendo a uma pergunta sobre se uma eventual ajuda seria focada no apoio aos bancos, Shiarly disse que na sua visão seria um pacote abrangente, baseado na prática existente.
“Quando se pede o mecanismo de apoio, você leva em conta todos os fatos, incluindo necessidades que podem surgir mais para frente. Consequentemente, será um pacote abrangente, cobrindo não apenas as circunstâncias presentes e a recapitalização dos bancos, mas também necessidades futuras”, disse.
O país endividado, fora dos mercados financeiros por um ano, precisará do equivalente a 10 por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB) apenas para ajudar o Banco Popular do Chipre, que está procurando um investidor disposto a preencher um déficit de 1,8 bilhão até o prazo determinado, ou o governo deverá entrar para ajudar.
Shiarly disse que não pode afirmar qual poderia ser o valor total de um resgate. Chipre tem pouco mais de 2,0 bilhões de euros em dívida de curto prazo com vencimento no próximo ano.
(Reportagem de Michele Kambas)