Por Olivia Bulla
São Paulo – A queda das ações de empresas brasileiras exportadoras de matérias-primas, penalizadas pelos números desanimadores sobre as importações chinesas, conduz a Bovespa para abaixo dos 55 mil pontos, em queda de mais de 1%, descolada do sinal positivo que prevalece no exterior. As principais commodities industriais negociadas nos mercados internacionais também operam em baixa, diante dos sinais de condições econômicas frágeis emitidos pela China.
Por volta das 11h15, o Ibovespa era negociado na pontuação mínima do dia, em queda de 1,43%, aos 54.601 pontos, depois de subir até 0,35%, aos 55.588 pontos, na pontuação máxima do dia. Neste horário, o volume financeiro somava R$ 1,15 bilhão, projetando giro de mais de R$ 7 bilhões ao final da sessão.
Desse total, mais de 30% desses recursos eram direcionados às ações com e sem direito a voto de Petrobras e Vale. No mesmo horário, os papéis ON e PNA da mineradora caíam 1,30% e 1,10%, nesta ordem, abalados pela desaceleração para 6,3% das importações chinesas em junho, em relação a um ano antes, abaixo da alta anual de 12% em maio e da previsão de +10,4%. MMX ON, por sua vez, recuava 2,41%, enquanto CSN ON figurava entre os principais destaques negativos, com -4,45%.
Ainda nesse horário, as ações ON e PN de Petrobras caíam 3,67% e 3,18%, nesta ordem, relegando o noticiário favorável sobre os desinvestimentos da companhia no exterior e a possibilidade de elevação do porcentual de etanol na gasolina. Para o analista da Geração Futuro Corretora Lucas Brendler, ambas as notícias são positivas e ajudariam a “desafogar” o caixa da estatal petrolífera, fazendo frente ao plano estratégico de negócios até 2016.
Segundo ele, a queda das ações da companhia nesta terça-feira está mais relacionada a fatores de mercado, já que a Bolsa está caindo, ajustando-se ao noticiário nesta volta de feriado prolongado em São Paulo. Operadores afirmam que a proximidade do vencimento de opções sobre ações, na próxima segunda-feira, também influencia as blue chips.