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China diz que assinará acordo comercial com os EUA na próxima semana

Vice-presidente chinês vai viajar a Washington para ratificar o pacto, que aborda proteção de propriedade intelectual, alimentos e agricultura

Por AFP Atualizado em 9 jan 2020, 10h50 - Publicado em 9 jan 2020, 10h37

A China anunciou nesta quinta-feira, 9, que o vice-presidente Liu He viajará a Washington na próxima semana para assinar a primeira fase de um acordo comercial com os Estados Unidos para reduzir as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

A assinatura é o resultado de quase dois anos de animosidades e negociações. Os dois países aplicaram mutuamente tarifas de bilhões de dólares sobre o comércio bilateral, que assustou economias do mundo todo.

“A convite dos Estados Unidos, Liu He vai liderar a delegação em Washington, de 13 a 15 de janeiro, para assinar o acordo da primeira fase”, disse o porta-voz do Ministério do Comércio, Gao Feng, em entrevista coletiva. “Ambas as partes estão em estreita comunicação sobre o acordo detalhado”, disse Gao, sem dar mais detalhes.

Na semana passada, o presidente americano Donald Trump anunciou a assinatura do pacto em 15 de janeiro, mas a China ainda não havia confirmado a viagem de seu negociador.

Segundo autoridades em Washington e Pequim, o acordo inclui medidas relativas a proteção de propriedade intelectual, a alimentos e produtos agrícolas, a serviços financeiros e câmbio, bem como um dispositivo para a resolução de controvérsias.

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Trump também cancelou seus planos de impor tarifas sobre 160 bilhões de dólares em produtos chineses em dezembro, incluindo bens como telefones celulares. Washington mantém, contudo, tarifas de 250 bilhões de dólares sobre produtos chineses, como máquinas e dispositivos eletrônicos.

Segundo Robert Lighthizer, representante comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês), a China prometeu comprar 200 bilhões de dólares em produtos americanos nos próximos dois anos, principalmente agrícolas, energéticos, ou serviços. O porta-voz Gao Feng se recusou, porém, a confirmar esse número na coletiva de imprensa desta quinta-feira.

Na semana passada, Trump anunciou que, “mais tarde”, viajará a Pequim para negociar um acordo mais amplo, embora, segundo Gao, no momento “não haja informações sobre a fase dois” das negociações.

Analistas apontam que essa guerra comercial, com ramificações em outras economias do planeta, pode causar a separação entre a economia chinesa e a dos Estados Unidos. A trégua comercial é uma boa notícia para o presidente chinês, Xi Jinping, que tem de enfrentar o freio na economia do gigante asiático, bem como protestos pró-democracia em Hong Kong.

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