China divulga dados e diz que superou dificuldades na economia

Hu Jintao afirmou que o desenvolvimento da China deve ser "muito mais equilibrado, coordenado e sustentável"

Por Da Redação
10 nov 2012, 12h47

O presidente da China, Hu Jintao, discursa na abertura do Congresso do Partido Comunista (Goh Chai Hin/AFP/VEJA)

A China anunciou neste sábado que está efetivamente superando as dificuldades econômicas e deverá atingir a meta de crescimento para o ano. A segunda maior economia do mundo interrompeu a tendência de desaceleração, disse o chefe da agência de planejamento econômico do país, acrescentando estar confiante de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) passará dos 7,5% em 2012.

Zhang Ping, chefe da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, falou com repórteres nos bastidores do 18º Congresso do Partido, no qual o presidente Hu Jintao, que deixará o cargo, disse que a China deve dobrar seu PIB e renda per capita de 2010 a 2020, como sugeriam dados anteriores.

Jintao afirmou que o desenvolvimento da China deve ser “muito mais equilibrado, coordenado e sustentável”. “Sinais de estabilização na economia estão ficando mais óbvios em outubro. Estamos totalmente confiantes de que podemos atingir a meta de crescimento para este ano. Em outras palavras, estamos capazes de manter o crescimento econômico acima de 7,5%”, afirmou Zhang, que ainda fez um alerta.

“Não ousemos diminuir nossa vigilância”, afirmou. “O fundamento da estabilização econômica não está sólido o suficiente. Com o pano de fundo de uma persistente crise financeira global, assim como uma nova situação e problemas na economia, devemos nos preparar para lidar com dificuldades e desafios no longo prazo.”

A economia chinesa andou a passos largos para se recuperar de seu crescimento mais baixo em três anos, como mostraram dados divulgados na sexta-feira. Houve aceleração do investimento em infraestrutura e a maior produção industrial em cinco meses.

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Superávit comercial – O superávit comercial da China cresceu 15,6%, para 31,99 bilhões de dólares em outubro, de 27,67 bilhões de dólares em setembro, de acordo com dados da Administração Geral Alfandegária da China. O aumento do superávit foi conduzido pela alta das exportações, no mais recente sinal encorajador para a segunda maior economia do mundo. Os economistas entrevistados pela Dow Jones tinham previsto um superávit de 27 bilhões de dólares.

As exportações da China subiram 11,6% em outubro, em bases anuais, após aumentar 9,9% em setembro, superando as projeções dos economistas de expansão de 10%. As importações avançaram 2,4% no mês passado, em bases anuais, repetindo a alta observada no mês anterior. As previsões dos economistas eram de um aumento de 4%.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)