China corta juros pela 3ª vez para estimular economia
As bolsas asiáticas fecharam em alta após a nova tentativa de conter a desaceleração da segunda maior economia do mundo
O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) cortou neste domingo os juros pela terceira vez desde novembro do ano passado, em uma nova tentativa de conter a desaceleração da segunda maior economia do mundo. As taxas de empréstimos e de depósitos foram reduzidas em 0,25 ponto porcentual, a 5,1% e 2,25%, respectivamente, gerando expectativas de que o gesto alivie um pouco a situação de empresas endividadas.
Nesta segunda-feira, as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta. O índice Xangai Composto saltou 3%, a 4.333,5 pontos, recuperando-se após registrar seu pior desempenho semanal em cinco anos. No principal mercado acionário da China, destacaram-se ações de bancos e do setor imobiliário: o China Everbright Bank, por exemplo, subiu 5,7% enquanto a Huayuan Property Co. disparou 10%, atingindo o limite diário de valorização.
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O corte de juros em Pequim teve repercussões positivas em outras partes da Ásia. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 0,5%, após recuar 2% na semana passada, enquanto o índice sul-coreano Kospi registrou ganho de 0,57% em Seul, a 2.097,38 pontos, e o filipino PSEi teve ligeiro ganho de 0,19%, a 7.777,90 pontos.
No mercado taiwanês, por outro lado, o Taiex caiu 0,3%, a 9.663,72 pontos, atingindo o menor patamar em duas semanas, em meio a preocupações com a fraqueza vista na economia chinesa.
Na Oceania, o dia também foi de perdas na bolsa australiana, que apagou alta de mais cedo sob pressão de ações do setor financeiro. O S&P/ASX 200, que reúne as empresas mais negociadas em Sydney, encerrou a sessão com queda de 0,2%, a 5.625,20 pontos, ampliando a desvalorização de 3,1% da semana passada. Entre os bancos, o Commonwealth Bank recuou 0,6%, o Westpac Banking caiu 1% e o Australia & New Zealand Banking Group cedeu 1,3%.
(Com Estadão Conteúdo)