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Caminhoneiros reprovam decisão do governo: ‘vai provocar revolução’

Caminhoneiros criticaram Temer, que disse que categoria não cumpriu com a promessa de suspender a greve por 15 dias

Por Redação
25 Maio 2018, 13h58

A decisão do governo de endurecer no tratamento com os grevistas não foi bem recebida pelos caminhoneiros que não aceitaram o acordo negociado ontem. O acordo previa uma trégua de 15 dias na greve iniciada na segunda-feira

“O governo vai provocar uma revolução”, disse o presidente Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Estado do Rio de Janeiro, Nélio Botelho, sobre a decisão do governo de colocar as Forças de Segurança para desobstruir as rodovias.

Temer disse que o governo atendeu as principais reivindicações dos caminhoneiros, que não cumpriram com a promessa de suspender a greve. “Esse deveria ter sido o resultado do diálogo. Muitos caminhoneiros estão fazendo sua parte, mas infelizmente uma minoria radical tem bloqueado estradas e impedido que muitos caminhoneiros levem adiante seu desejo de atender a população e fazer seu trabalho.”

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que assinou o acordo, divulgou nota informando que nenhuma entidade tem poder para acabar sozinha com a mobilização. “Sabemos que nenhuma pessoa ou entidade tem, sozinha, o poder de acabar com essa mobilização e isso sempre foi deixado muito claro para o governo.”

A paralisação não acabou, pois várias entidades de representação dos caminhoneiros não reconheceram a validade do acordo. “O documento com o governo só foi assinado para garantir que o governo manteria aquelas propostas caso a categoria as aceitasse. Nosso papel é o de levar as propostas da categoria para que cada grupo de manifestantes decida”, afirmou a CNTA em nota.

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Veja quais foram os pontos do acordo assinado:

  1. Reduzir a zero a alíquota da CIDE, em 2018, sobre o óleo diesel;
  2. Redução imediata de 10% no valor do óleo diesel na refinaria;
  3. A partir daí os eventuais reajustes deixam de ser diários e passam a ser no mínimo a cada 30 dias;
  4. Medida provisória, em até 15 dias, para determinar que a CONAB contrate, no mínimo, 30% de seus fretes com cooperativas de transportadores rodoviários autônomos;
  5. Manter a desoneração da folha de pagamento do setor de transportes;
  6. Permitir que transportadores autônomos carreguem com a Petrobrás;
  7. Extinção dos processos judiciais ajuizados contra as entidades e caminhoneiros, bem como eventuais multas de transito sofridas, em decorrência da paralisação, até a presente data.
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