SÃO PAULO, 10 Mai (Reuters) – Após registrar volatilidade no início da sessão desta quinta-feira, o dólar firmou movimentou de queda ante o real com a melhora do humor no exterior, enquanto investidores buscavam novos patamares no câmbio diante da ausência do Banco Central no mercado.
Às 11h49 (horário de Brasília), a moeda norte-americanarecuava 0,33 por cento, para 1,9561 real, próximo à mínima do dia, depois de subir para 1,9701 real na máxima da sessão.
As praças internacionais voltavam a operar em território positivo, após dados nos Estados Unidos aliviarem temores sobre o mercado de trabalho do país.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 1 mil, para 367 mil, segundo números ajustados sazonalmente. Economistas consultados pela Reuters previam que os pedidos subissem para 369 mil na semana passada.
Em relação a uma cesta de moedas, o dólar perdia cerca de 0,10 por cento, enquanto o euro expandia quase 0,30 por cento ante a moeda dos Estados Unidos.
“O mercado abriu com leve alta, mas cedeu por causa da melhora dos mercados europeus e norte-americanos”, afirmou o diretor de câmbio da Intercam Corretora de Câmbio, Jaime Ferreira.
O operador de câmbio da Renascença Corretora José Carlos Amado destacou ainda que os investidores seguiam cautelosos nesta sessão após a forte valorização do dólar visto na quarta-feira, quando subiu 1,23 por cento, para 1,9625 real.
“Essa volatilidade inicial é normal depois do forte movimento de ontem, porque o mercado está buscando um patamar para trabalhar nesta sessão”, disse o operador.
No entanto, segundo Ferreira, da Intercam, a falta de intervenções do BC no mercado de câmbio há sete sessões consecutivas e as sucessivas altas do dólar estariam levando os bancos a apostar na zeragem de suas posições com a moeda dos Estados Unidos apenas a 2 reais, o que exercia uma pressão contrária sobre o câmbio.
“Os bancos estão com o pé atrás por causa das incertezas na Europa, e por isso estão apostando no dólar a 2 reais para zerar suas posições (vendidas em real). Eles não vão zerar com o dólar abaixo disso”, disse Ferreira.(Reportagem de Natália Cacioli; Edição de Patrícia Duarte)