SÃO PAULO, 3 Fev (Reuters) – O dólar operava com ligeira baixa na sessão desta sexta-feira, após três dias consecutivos de queda, com os mercados internacionais mais otimistas com dados positivos do setor de serviços da zona do euro e com expectativas de que a China precise oferecer mais estímulos à sua economia.
Às 10h31 (horário de Brasília), a moeda norte-americana era negociada a 1,7210 real para venda, com variação negativa de 0,05 por cento. Em relação a uma cesta de moedas, o dólar perdia 0,11 por cento.
A economia do setor privado da zona do euro subiu em janeiro após quatro meses seguidos de queda, indicando que o bloco tem chances de evitar uma recessão no segundo semestre do ano.
Por outro lado, o setor de serviços chinês enfraqueceu-se em janeiro, reforçando um cenário favorável a estímulos monetários para impulsionar o crescimento econômico.
Na sessão de quinta-feira, a divisa operou próximo à estabilidade até a divulgação dos pedidos iniciais para auxílio-desemprego nos Estados Unidos, que animaram os mercados internacionais por virem abaixo das expectativas dos analistas.
O dólar caiu 0,70 por cento no final da sessão, para 1,7218 real na venda, atingindo a menor cotação de encerramento desde desde 31 de outubro, quando fechou a 1,7026 real.
A divulgação de outros dados de emprego dos Estados Unidos -prevista para esta sexta-feira às 11h30- pode ditar o rumo dos mercados. Economistas consultados pela Reuters esperam que sejam criados 150 mil novos postos de trabalho em janeiro e que a taxa de desemprego do país mantenha-se estável em 8,5 por cento.
“Pode haver mais ingressos de dólares [nesta sexta-feira], puxando a cotação ainda mais para baixo e rompendo [o patamar] de 1,72 real ainda hoje”, analisou o operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio, Marcos Trabbold.
O euro operava em alta de 0,17 por cento, cotado a 1,3165 dólar, enquanto o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 ganhava 0,45 por cento. Os índices futuros das bolsas norte-americanas apontavam para abertura em alta dos pregões em Nova York.(Por Natália Cacioli; Edição de Hélio Barboza)