Brasil cria 83 mil empregos formais e não registra avanço no salário
Resultado de janeiro é metade do registrado no mesmo período do ano passado, quando foram criados 167,3 mil empregos formais
O Brasil registrou a criação de 83.297 empregos formais com carteira assinada em janeiro, de acordo com os dados do Novo Caged do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgado nesta quinta-feira, 9. O número é quase metade do registrado no mesmo período do ano passado, quando foram criados 167,3 mil empregos formais. Os dados são resultado de 1.960.960 admissões e 1.683.942 desligamentos em contratos CLT, com saldo positivo em 16 dos 27 estados e em quatro dos cinco principais setores da atividade econômica. Em relação ao estoque de vínculos celetistas ativos em comparação com o mês anterior, houve um aumento de 0,20%, totalizando 42.527.722 milhões de vínculos.
Os dados provenientes do Novo Caged também não mostram muito avanço no salário, principal estratégia de Lula para fomentar a economia. Os dados mostram que o salário médio real recebido pelos trabalhadores admitidos no mês de janeiro foi de 2.012,76 reais, enquanto que para os desligados foi de 2.034,98 reais. Comparando com janeiro de 2022, houve queda no salário de admissão, de 2.021,49 reais para 2.012,76 reais, e aumento no de desligamento, de 1.977,89 reais para 2.034,98 reais.
O setor de serviços registrou o maior crescimento de emprego formal, com 40.686 postos de trabalho, sendo o destaque para o setor de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com um saldo positivo de 19.463. A construção civil veio em segundo lugar, com um saldo positivo de 38.695 postos de trabalho, seguida pela indústria, que registrou um saldo positivo de 34.023 postos no mês. O setor de comércio foi o único a apresentar resultado negativo em janeiro, com uma perda de 53.524 postos de trabalho, principalmente no comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, com uma perda de 19.721 postos de trabalho.
Em termos regionais, houve um crescimento positivo do emprego em 16 dos 27 estados brasileiros, com destaque para São Paulo, que gerou 18.663 postos de trabalho, principalmente nos setores de indústria e construção civil. Santa Catarina e Mato Grosso também apresentaram um aumento significativo de empregos formais, com a criação de 15.727 e 13.715 postos de trabalho, respectivamente.