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Brasil cria 306,1 mil empregos formais em fevereiro

Número veio acima das estimativas, de 245 mil vagas CLT; mercado de trabalho aquecido está no radar do BC pela pressão na inflação

Por Luana Zanobia 27 mar 2024, 14h44

O Brasil registrou um avanço na geração de empregos formais no mês de fevereiro, conforme os dados revelados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o país contabilizou a abertura de 306.111 novas vagas com carteira assinada. Essa marca superou as expectativas dos analistas, que previam a criação de 245 mil postos de trabalho líquidos, evidenciando um cenário de aquecimento no mercado de trabalho.

Esses números representam o saldo positivo entre 2.249.070 admissões e 1.942.959 desligamentos ocorridos ao longo do mês. No acumulado do ano, de janeiro a fevereiro, o saldo de empregos alcançou a marca de 474.614, resultado de um total de 4.342.227 admissões e 3.867.613 desligamentos. Os salários, no entanto, tiveram uma redução. O valor médio de admissão em fevereiro de 2024 foi de R$ 2.082,79, uma redução real de R$ 50,42 em comparação com o mês anterior, representando uma variação de -2,36%.

Em um discurso durante uma sessão solene na Câmara Distrital na terça-feira, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paula Pimenta, já havia antecipado que esse anúncio seria o maior saldo de empregos de fevereiro na história do Brasil, com mais de 300 mil novos empregos gerados. Na ocasião, ele destacou os esforços do governo para promover o crescimento econômico por meio da redução das taxas de juros e o controle da inflação.

Uma das principais preocupações do Banco Central reportadas em sua ata reside na possível pressão inflacionária decorrente do aquecimento do mercado de trabalho. Essa conexão entre a vigorosa atividade laboral e a inflação encontra sua raiz no setor de serviços, conhecido por sua alta demanda de mão-de-obra. O aumento dos rendimentos sem um correspondente aumento na produtividade, especialmente no setor de serviços, pode desencadear pressões inflacionárias nessa área específica da economia.

As evidências mais recentes corroboram essa preocupação, como indicado pelo IPCA-15 de março, que aponta para uma surpreendente alta na inflação de serviços e é sustentada pela criação de vagas no setor, que foi o grande gerador de empregos em fevereiro, com a criação de 193.127 postos de trabalho formais, seguido pela indústria, que abriu 54.448 vagas. Outros setores, como construção (+35.053), comércio (+19.724) e agropecuária (+3.759), também registraram saldos positivos de emprego no mesmo período. Portanto, a relação entre o vigor do mercado de trabalho, especialmente no setor de serviços, e o potencial impacto inflacionário é um ponto de atenção para as autoridades econômicas, dadas as possíveis repercussões sobre a estabilidade macroeconômica do país.

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