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Brasil chega ao 10º mês seguido de criação de vagas, mas vê ritmo cair

Saldo de empregos CLT em outubro foi de 253.083, abaixo dos 312 mil de setembro

Por Larissa Quintino Atualizado em 30 nov 2021, 18h50 - Publicado em 30 nov 2021, 16h04

O Brasil gerou 253.083 vagas com carteira assinada em outubro, chegando ao décimo mês seguido de abertura de postos de trabalho com carteira assinada. Os dados são do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira, 30, pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O saldo de 1.760.739 admissões e de 1.507.656 desligamentos é 18,9% menor que o registrado em setembro, quando foram criadas 312 mil vagas, segundo o dado revisado pela pasta.

A diminuição no ritmo da criação das vagas formais já havia sido registrada em setembro, quando o saldo de vagas foi cerca de 14% menor que em agosto. No ano, o país registra a abertura de 2.645.974 empregos, reflexos da reabertura econômica com o avanço da vacinação contra a Covid-19. Além disso, há reflexos do BEm, o programa de preservação de empregos que vigorou até agosto e exigiu que as empresas assegurassem estabilidade a funcionários que tiveram contratos suspensos ou jornadas reduzidas. Em outubro, 1,9 milhão de trabalhadores ainda gozavam da estabilidade dada pelo programa.

Assim como desde que assumiu o Ministério do Trabalho, o ministro Onyx Lorenzoni fez uma ampla defesa da atuação do governo Bolsonaro, dizendo que “o fecha tudo e fica em casa”, como classifica a atuação de governadores e prefeitos foi equivocado. O secretário do Trabalho, Bruno Dalcomo, afirmou que a redução do saldo de vagas criadas em outubro reflete um processo de  normalização de admissões e desligamentos após o choque da pandemia de Covid-19.

Assim como nos meses anteriores, o ritmo de abertura de vagas foi sustentado pela movimentação dos serviços e do comércio, tradicionalmente grandes empregadores e que sofreram com o fechamento das atividades econômicas como medida de combate a pandemia. Dos 253 mil novos postos, mais da metade dos postos foram abertos pelo setor de serviços (144.641), enquanto o comércio registrou saldo positivo de 70.355, assim como Indústria e Construção, que também contrataram mais que demitiram. Porém, neste mês, houve fechamento de vagas no agronegócio. O setor fechou 5.844 postos formais em outubro, a primeira vez neste ano em que a atividade mais demitiu que contratou.

O salário médio de admissão, mais uma vez, recuou. Segundo o Caged, o vencimento inicial é de 1.795,46 reais, que equivale a 20,25 reais menos que o registrado em setembro. Desde junho, o salário médio de admissão vem recuando — reflexo da geração de vagas com menor qualificação.

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Metodologia

O Caged capta apenas o comportamento do mercado formal, ou seja, números de carteiras assinadas que são informadas pelos empregados ao governo, e não os dados de desemprego do país, compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desemprego no Brasil foi de 12,6% no trimestre encerrado em setembro. Os dados divulgados também nessa terça-feira mostram a recuperação do mercado de trabalho, com o aumento da ocupação e foi comemorada por Onyx. Nos trimestres anteriores, o descompasso entre a PNAD e o Caged era maior. Com o avanço da vacinação, a informalidade voltou a ser motor para a criação de empregos, refletindo na diminuição do desemprego. 

O ministro do Trabalho afirmou que a sua equipe estuda medidas para que o mercado possa absorver mais os trabalhadores informais. Desde o começo do governo Bolsonaro, as duas medidas enviadas pela equipe econômica que visavam o aumento da empregabilidade não passaram no Congresso. A MP da Carteira Verde e Amarela, que previa a flexibilização de regras trabalhistas para jovens e idosos caducou no começo de 2020. Já a MP 1.045, do BEm, que previa benefícios semelhantes, foi rejeitada no Senado.

 

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