Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Brasil acorda concessão de novos recursos ao FMI em encontro com Lagarde

Por Por Héctor Velasco
1 dez 2011, 18h28

O Brasil condicionou nesta quinta-feira o desembolso de novos recursos ao FMI para ajudar os países em crise ao avanço das iniciativas europeias para resolver a crise da dívida, após uma reunião da presidente Dilma Rousseff com a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde.

Lagarde fez questão de elogiar a economia brasileira, que segunda ela é “sólida” e “pode resistir” à crise econômica na Europa, dos Estados Unidos e de outros países do mundo, disse ela em Brasília.

O Brasil “está em uma situação econômica muito favorável devido a políticas macroeconômicas muito sólidas e a políticas monetárias sólidas”, disse Lagarde em uma entrevista coletiva à imprensa realizada após uma reunião com a presidente, Dilma Rousseff, e com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

“O Brasil está mais imune e melhor protegido do que outros países dos efeitos da contaminação, das consequências da crise do euro”, acrescentou.

A chefe do FMI destacou a estratégia macroeconômica do país baseada em três pilares: metas de inflação, taxa de câmbio flutuante e responsabilidade fiscal.

Continua após a publicidade

“Graças a esse coquetel, a economia está sólida e pode resistir”; o Brasil “está protegido pela força de seu mercado interno e por suas boas políticas macroecônomicas”, considerou.

Em entrevista coletiva, o ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, disse que reiterou à Lagarde a disposição do Brasil em colaborar com um aporte adicional de recursos, mas não estipulou uma quantia definida.

“Os Brics concordaram em ajudar, mas é preciso que o FMI implante de fato as reformas de cotas que já foram aceitas em 2009 e em 2010”, disse.

Mantega pediu ainda a colaboração de outros países, como os Estados Unidos, e afirmou que os próprios países europeus pretendem colaborar com mais recursos para o Fundo.

Continua após a publicidade

O Brasil se converteu em credor do FMI pela primeira vez em 2009, em meio a uma crise econômica internacional, quando lhe emprestou 10 bilhões de dólares provenientes de suas reservas em troca de mais direitos de voto na instituição.

O governo de Rousseff descartou há um mês uma ajuda direta aos países europeus em crise e ofereceu, em seu lugar, uma assistência através do FMI.

A proposta consiste em aumentar sua contribuição em troca de mais poder de decisão dentro do organismo, em uma estratégia a princípio coordenada com as economias emergentes dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

O país sul-americano, com reservas internacionais de 360 bilhões de dólares, espera ficar entre os dez mais influentes do Fundo.

Continua após a publicidade

Por outro lado, o ministro da Fazenda brasileira insistiu em seu pedido aos países europeus para fazer um maior esforço para resolver seus problemas de dívida.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.