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Bovespa cai 12% em maio e tem pior mês desde outubro de 2008

Por Da Redação
31 Maio 2012, 18h23

Por Danielle Assalve

SÃO PAULO, 31 Mai (Reuters) – O agravamento da crise na zona do euro, com a possível saída da Grécia do bloco e os riscos de contágio para a região, trouxe pânico aos mercados financeiros em maio e atingiu em cheio o principal índice da bolsa paulista, que amargou seu pior desempenho mensal desde outubro de 2008.

O Ibovespa conseguiu emplacar um movimento de correção nesta quinta-feira, acelerando os ganhos nos ajustes finais do pregão, e fechou a sessão em alta de 1,29 por cento, a 54.490 pontos. O giro financeiro foi de 10,36 bilhões de reais.

Ainda assim, o índice acumulou queda de 11,86 por cento em maio, a pior baixa mensal desde outubro de 2008, quando o tombo foi de 24,8 por cento, no ápice da crise deflagrada pela quebra do banco norte-americano Lehman Brothers.

“Maio foi um mês recheado de notícia péssima, um mês ruim para a bolsa, muita gente perdeu dinheiro”, disse o chefe da divisão de corretagem na Mirae Securities, Pablo Spyer.

“As incertezas ainda estão na mesa, ninguém sabe o que vai acontecer na zona do euro, por isso o elevado nível de estresse e a volatilidade devem continuar em junho.”

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O impasse político da Grécia deve continuar no foco dos investidores, já que a nova eleição marcada para 17 de junho pode definir se o país permanecerá ou não na zona do euro. A saúde financeira dos bancos espanhóis também preocupa.

“O mercado vai continuar volátil até que fique definido se a Grécia continua ou não na zona do euro, mas o que mais preocupa é um possível contágio para outros países do bloco, como Espanha e Itália”, avaliou o analista-chefe da Coinvalores, Marco Aurélio Barbosa.

Além disso, sinais de menor crescimento na China e de recuperação que ainda patina nos Estados Unidos terminaram de azedar o humor de investidores em maio e devem ser acompanhados de perto em junho, segundo os profissionais consultados.

“Esse cenário fez os investidores estrangeiros apertarem o botão ‘eject’ dos mercados emergentes, com uma saída fortíssima desses mercados em busca de investimentos considerados mais seguros, como títulos norte-americanos”, disse Spyer, da Mirae.

No acumulado de maio até dia 29 (último dado disponível), os estrangeiros sacaram 2,73 bilhões de reais da Bovespa. Se a tendência se confirmar, essa será a maior retirada líquida de recursos externos da bolsa também desde outubro de 2008.

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“Vimos migração de capital e grandes incertezas pairando nos mercados neste mês. É difícil argumentar se a bolsa está com preço convidativo para o investidor ou não, estamos em um verdadeiro cenário de incerteza”, disse o sócio-diretor da Título Corretora, Márcio Cardoso.

Nesta quinta-feira, a recuperação da ação da Petrobras na segunda metade do pregão contribuiu para o Ibovespa encerrar os negócios em alta. A preferencial da estatal subiu 4,25 por cento, a 19,13 reais, enquanto a ordinária avançou 3,07 por cento, para 19,80 reais.

Entre as maiores altas do índice, o destaque ficou com o papel da Itaúsa, com ganho de 6,14 por cento, a 8,81 reais, seguida por Hypermarcas e Cyrela Brazil Realty, com altas de quase 5 por cento cada.

Já a ação ordinária da Usiminas despencou 13,9 por cento, a 9,17 reais, com forte volume de negócios. A ação foi excluída da nova carteira do índice MSCI, que entra em vigor na sexta-feira, o que levou a forte venda do papel por fundos que acompanham o índice, segundo operadores.

Também excluída do MSCI, Suzano -que não integra a carteira teórica do Ibovespa- caiu 8,06 por cento, a 5,02 reais, e com forte giro, de quase 105 milhões de reais. A produtora de papel e celulose tem uma oferta de ações em análise com a qual pretende levantar 1,5 bilhão de reais.

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Banco Cruzeiro do Sul despencou 25,2 por cento, a 9,01 reais, após notícia veiculada em jornal nesta quinta-feira de que o BTG Pactual estaria negociando a compra da instituição. O volume financeiro, porém, foi de apenas 388 mil reais.

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