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Bolsas recuam ante decisão da Europa de não pressionar BCE

Mercado continua pedindo que atuação do BCE seja mais incisiva nos países em crise

Por Da Redação
24 nov 2011, 14h07

Berlim, Paris e Roma se comprometeram a não interferir na independência do Banco Central Europeu (BCE), afirmaram os líderes desses países após o encontro desta quinta-feira em Estrasburgo (leste da França), destinado a “acelerar” o plano de resgate da zona do euro. Com isso, após abrir em alta, os principais índices europeus fecharam o pregão desta quinta-feira em leve queda. Nos Estados Unidos, as bolsas não funcionaram nesta quinta-feira devido ao feriado do dia de Ação de Graças.

Contrariando a posição mantida ultimamente por vários dirigentes franceses, Sarkozy afirmou que os três países não farão mais declarações “positivas ou negativas” sobre o BCE, cuja missão é garantir uma inflação em torno de 2% na zona do euro.

A declaração trouxe temores para os mercados, pois os investidores querem que o BCE deixe de lado sua ortodoxia monetária e compre maiores volumes de dívida pública de países em apuros para reduzir os juros exigidos dos bônus e contribuir para tornar sua dívida sustentável. A pressão vem, sobretudo, dos Estados Unidos e da Inglaterra.

O índice CAC-40, principal da Bolsa de Valores de Paris, fechou nesta quinta-feira com ligeira baixa de 0,01%, aos 2.822,25 pontos, enquanto em Frankfurt, o DAX 30 recuou 0,54%, aos 5.428,11 pontos. Em Londres, O índice FTSE-100 também fechou o pregão em leve queda de 0,24%, aos 5.127,57 pontos.

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BCE em foco – Após o anúncio dos líderes europeus, os juros dos bônus italianos a dez anos voltou a superar os 7%, nível considerado insustentável no longo prazo para que o país possa seguir pagando sua dívida.

Com isso, os dirigentes das três maiores economias da zona do euro, Angela Merkel (Alemanha), Nicolas Sarkozy (França) e Mario Monti (Itália) ampliaram a volatilidade do mercado ao invés de traquilizá-lo, como pretendia o encontro, que teve início às 9h30 (horário de Brasília) e foi seguido por uma coletiva de imprensa às 11h00 (horário de Brasília).

A Europa está agora à espera de que o futuro presidente do governo espanhol, o conservador Mariano Rajoy, eleito nas legislativas antecipadas de domingo com maioria no Parlamento, e que assumirá depois de 20 de dezembro, anuncie medidas para reduzir o déficit. Com um desemprego recorde e a beira da recessão, Espanha e Itália tem sido alvo de fortes ataques dos mercados e da especulação financeira.

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Na Itália, o recém-eleito Monti – ex-comissário europeu que substituiu Silvio Bersluconi – tentou tranquilizar França e Alemanha sobre as medidas que implementará para evitar um contágio da crise da dívida em seu país.

A tarefa não é fácil, pois a Itália, com uma dívida de 1,9 trilhão de euros (120% de seu PIB), precisa mostrar na prática que está decidida a respeitar seus compromissos para reduzir seu déficit e levar adiante reformas estruturais.

(Com Agência France-Presse)

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