Bolsas europeias fecham no vermelho
Novas ameaças das agências de classificação de risco contra os países da zona do euro pesaram na avaliação dos investidores
As principais bolsas europeias fecharam a segunda-feira em ligeira queda, após novas ameaças das agências de classificação financeira contra os países da zona do euro e em um contexto de baixo volume de negócios, devido à proximidade do Natal.
Frankfurt fechou com perdas de 0,54%; Londres recuou 0,42%; Lisboa, 0,19%; e Milão, 0,16%. As únicas exceções foram as bolsas de Madri – que terminou em alta de 0,6%, após o anúncio do próximo presidente do governo, Mariano Rajoy, das grandes linhas de seu programa de rigor – e de Paris, também com valorização de 0,6%.
Wall Street apresentava queda no momento do fechamento europeu, com o Dow Jones perdendo 0,45% e o Nasdaq recuando 0,43%.
Os mercados asiáticos sofreram com as possíveis consequências para a região da morte do líder norte-coreano Kim Jong-Il, que se somaram à preocupação persistente sobre a crise da dívida europeia. Seul perdeu 3,43% e Tóquio recuou 1,26%. “Os que esperavam por um fim de semana tranquilo não contavam com os anúncios das agências de classificação de sexta-feira à noite nem com a morte no fim de semana do líder norte-coreano”, disse Michael Hewson, da CMC Markets.
A agência de classificação Fitch Ratings anunciou nesta sexta-feira a possibilidade de rebaixar a nota da dívidas soberana de seis países da zona do euro, entre eles Espanha e Itália, e colocou a França em perspectiva negativa. Já a Moody’s rebaixou em dois escalões a nota da Bélgica, para aa3.
O euro, por sua vez, segue perdendo terreno ante o dólar. Às 17H00 GMT (15H00 de Brasília), a moeda europeia valia 1,3020 dólar, contra 1,3032 na sexta-feira à noite.
(com Agence France-Presse)