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Pela 1ª vez desde setembro, Ibovespa fecha abaixo dos 100 mil pontos

Governo americano amplia sanções a empresas chinesas; dólar cai com possibilidade de acordo sobre cessão onerosa e corte de juros nos EUA

Por Reuters Atualizado em 8 out 2019, 18h37 - Publicado em 8 out 2019, 17h43

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou em queda nesta terça-feira, 8, e abaixo dos 100.000 pontos pela primeira vez desde 3 de setembro. O responsável pela retração foi o cenário negativo no exterior em meio ao ceticismo sobre o desfecho das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Já o dólar comercial também caiu, devido a dados ruins da economia americana. Nesta terça-feira, a queda da bolsa foi de 0,59%, para 99.981 pontos. Já a moeda americana caiu 0,31% e fechou o dia vendida a 4,09 reais.

As perspectivas de progresso nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China diminuíram depois que o governo americano colocou startups chinesas de inteligência artificial em sua lista de sanções. O governo chinês é acusado de usar essas empresas para reprimir minorias étnicas muçulmanas no oeste do país, como o uso secreto de tecnologia avançada de reconhecimento facial para rastrear e controlar os uigures, uma minoria majoritariamente muçulmana. Nesta terça, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciou a restrição de vistos a autoridades do governo chinês e seus familiares por instituir uma “campanha altamente repressiva” contra essas minorias. A prática faz da China a pioneira na aplicação de tecnologia de próxima geração para vigiar o povo, o que pode dar início a uma nova era de racismo automatizado.

“A economia global ainda está assombrada pelo aumento das incertezas para os próximos anos”, observou a equipe do BTG Pactual em nota a clientes, destacando que os mercados seguem atentos e com elevada volatilidade em razão de novas preocupações relacionadas à guerra comercial entre os EUA e a China.

Na visão do BTG Pactual, os ativos brasileiros continuam acompanhando de perto o movimento do exterior, além da ansiedade com o andamento das reformas, acrescentando ser difícil definir uma tendência com a volatilidade em níveis considerados preocupantes. “Vemos os investidores com muito mais cautela, porém são estes momentos que também geram oportunidade de bons negócios”, afirmou a equipe do BTG, em nota distribuída pela área de gestão do banco.

Câmbio

O dólar reagiu de forma mais positiva, porque houve a sinalização do presidente do Federal Reserve, o banco central americano, em fazer novos cortes nas taxas de juros do país. “Tivemos um dia de sinais mistos no cenário externo, com a confirmação de um corte de juros de Jerome Powell (presidente do Fed) e um aumento da troca de farpas entre EUA e China. Com isso, as tratativas da cessão onerosa na cena doméstica ajudaram a elevar o otimismo e impulsionaram o real”, afirmou Alessandro Faganello, operador de câmbio da Advanced Corretora.

No cenário interno, as discussões sobre a divisão de parte dos recursos da cessão onerosa entre estados e municípios avançaram na Câmara nesta terça, afirmaram o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o vice-presidente do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG). Segundo analistas, a notícia ajudou o real a se descolar do cenário externo, onde a divisa  americana ganhava de seus pares e das moedas emergentes, como o rand sul-africano e o peso mexicano. O presidente-executivo da BNP Paribas Asset Management Brasil, Luiz Sorge, destacou que o Brasil tem feito a lição de casa, mas precisa continuar o trabalho a fim de se destacar em relação a outros mercados emergentes.

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