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Bolsa cai 2% e dólar sobe com atraso na reforma e boato de saída de Guedes

Na semana em que China e EUA retomam negociações comerciais, ruídos internos deixaram bolsa nos 100 mil pontos e moeda americana vendida a R$ 4,10

Por da Redação
7 out 2019, 18h06

Em uma semana marcada por negociações comerciais entre Estados Unidos e China, a apreensão do mercado financeiro puxou o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro para baixo e a cotação do dólar para cima. Junto à tensão das negociações comerciais externas,o  boato que o ministro da Economia, Paulo Guedes, estaria deixando o governo e possíveis atrasos no calendário da reforma da Previdência colaboraram com o dia ruim no mercado.

O Ibovespa fechou o dia em queda de 1,93%, aos 100.572 pontos, pior marca desde 3 de de setembro. Já o dólar comercial foi cotado a 4,10 reais, alta de 1,1%. Na sexta-feira, o dólar fechou a semana vendido a 4,06 reais e a bolsa subiu 1%, terminando o período aos 102.551 pontos.

Para Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae Asset, o mercado financeiro já esperava uma realização na bolsa e uma ligeira alta no dólar após o movimento do fim da semana passada, em que a moeda fechou a 4,06 reais. Porém, os ruídos internos com um possível atraso da reforma da Previdência — que pode ser votada no dia 22 e não na próxima semana — deixaram o cenário pior. Ele destaca também que o boato da saída de Guedes do início do ano ajudou a elevar a desconfiança nos investidores. “Apesar do Ministério da Economia ter negado tudo, esse tipo de barulho pode atrasar a velocidade da reforma, o que estressa o mercado”, afirmou.

Nesta segunda-feira, uma nota no jornal mineiro Hoje em Dia, afirmou que Paulo Guedes já prepara um sucessor e deve deixar o governo no ano que vem. Em nota, o Ministério da Economia disse que, a informação de que Guedes irá deixar o governo é “totalmente inverídica”. Já sobre a Previdência, o líder do governo no Senado, Major Olimpio (PSL-SP) afirmou que dificilmente o texto seja votado na semana que vem, devido a tensões do Congresso com o governo por causa da divisão do leilão do pré-sal.

 

Apesar do desmentido do governo, Mauriciano Cavalcante, diretor de câmbio da Ourominas, afirma que uma possível piora da relação entre o ministro da economia e o presidente Jair Bolsonaro foram o principal impulso para a alta do dólar nesta segunda-feira. “Esperávamos uma alta na ordem de 0,5% com as negociações comerciais e até mesmo a questão do atraso da reforma, mas o boato da saída de Guedes aumentou a cautela”. 

Nesta semana, a moeda e a bolsa devem continuar oscilando já que Estados Unidos e China retomam as negociações sobre um acordo comercial na próxima quinta-feira. Porém, a possibilidade de autoridades chinesas estarem relutantes a concordar com os termos americanos deve arrastar o clima de tensão durante toda a semana.

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