Analistas de instituições financeiras, consultadas pelo Banco Central reduziram a projeção para o crescimento da economia, neste ano. A expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – fique em 2,50%, segundo dados do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 28. Na semana passada, os economistas previam o PIB fosse de 2,53% ao fim de 2019.
Para o próximo ano, a expectativa caiu de 2,60% para 2,50%. Em 2021 e 2022, a projeção segue em 2,50%. Essas são as previsões de instituições financeiras consultadas pelo BC todas as semanas sobre os principais indicadores econômicos e o primeiro após a participação do presidente Jair Bolsonaro e sua comitiva no Fórum Econômico Mundial, na Suíça.
Já as projeções para a inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ficar em 4% este ano.
Na semana passada, a projeção para o IPCA estava em 4,01%. A estimativa segue abaixo da meta de inflação (4,25%), com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%, este ano.
Juros e câmbio
Para a Selic, a taca básica de juros da economia brasileira, os analistas consultados pelo Banco Central mantiveram a projeção de 7% para este ano. Atualmente, a Selic está em 6,5% menor patamar da história.
O Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic para conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação.
A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,75 no final deste ano, e em R$ 3,78, no fim de 2020.