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Boeing suspende produção de 737 pela primeira vez em 20 anos

Decisão de congelar a fabricação foi tomada uma semana após órgão regulador ter anunciado que não aprovaria o retorno do avião antes de 2020

Por Da Redação
16 dez 2019, 20h46

A Boeing Co. vai interromper a produção do modelo ‘737 MAX’ em janeiro de 2020, de acordo com reportagem feita pelo Wall Street Journal nesta segunda-feira, 16.

A decisão de congelar a produção, tomada pelo conselho da empresa após uma reunião de dois dias em Chicago, foi reflexo da declaração feita pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), que desaprovou o retorno do avião ao serviço antes de 2020.

O 737 MAX está sob provação desde março, depois que dois acidentes na Indonésia e na Etiópia mataram 346 pessoas em cinco meses, custando à fabricante de aviões mais de 9 bilhões de dólares.

Até o momento, a companhia continuou produzindo 42 jatos de tal modelo por mês e comprando 52 peças de fornecedores mensalmente, mesmo com as entregas congeladas por força dos aspectos regulatórios que deviam ser resolvidos para que a aeronave voltasse aos vôos comerciais.

Interromper a produção aliviará um aperto severo no caixa amarrado em aproximadamente 375 aviões não entregues, com o risco de causar problemas industriais quando a Boeing tentar retornar ao normal, disseram fontes do setor. As cadeias de suprimentos já estão sob tensão devido à demanda recorde e mudanças bruscas na velocidade da fábrica podem causar problemas.

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Em 1997, a Boeing anunciou um revés de 2,6 bilhões de dólares, incluindo centenas de milhões para lidar com as ineficiências da fábrica depois que foi forçada a suspender a produção de suas linhas 737 e 747 devido a problemas na cadeia logística.

Além das cobranças adicionais do 737 MAX, as interrupções na produção também podem resultar em demissões ou licenças de alguns dos 12.000 trabalhadores da fábrica da Boeing 737, localizada no sul de Seattle.

As ações da Boeing fecharam em queda de 4% na segunda-feira e caíram 1% após o expediente. As ações da Spirit AeroSystems Holdings Inc, seu maior fornecedor, encerraram com recuo de 2%.

A Spirit, que fabrica a fuselagem do MAX junto com outras partes, como postes, disse na segunda-feira que trabalhará com a Boeing para entender quaisquer alterações na taxa de produção.

Os analistas destacaram a Safran SA e a Senior Plc como outros fornecedores que podem sofrer impactos de interrupção.

As companhias aéreas com jatos e pedidos do 737 MAX também enfrentam incertezas adicionais depois de reduzir a programação de vôos e adiar os planos de crescimento devido aos atrasados nas entregas dos aviões. A Southwest Airlines Co, maior cliente do 737 MAX, disse na semana passada que havia alcançado um acordo de compensação confidencial com a Boeing por uma parcela de um prejuízo projetado de 830 milhões de dólares no lucro operacional em 2019 desde que começaram essas demoras.

(Com Reuters)

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