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BNDESPar amplia influência do governo na economia

O valor de mercado da carteira de ações da subsidiária do BNDES ultrapassa 76 bilhões de reais; o portifolio de debêntures já soma 7,5 bilhões de reais

Por Da Redação
12 out 2010, 10h46

No governo Lula, a BNDESPar tem sido convocada para tirar do papel a chamada “política industrial”

Braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a BNDESPar está se tornando instrumento cada vez mais útil ao governo para influenciar os rumos da economia. A subsidiária foi peça importante, por exemplo, na operação que ampliou a participação estatal no capital da Petrobras. Suas digitais podem ser encontradas ainda em, ao menos, outras 150 empresas.

O valor de mercado da carteira de ações da BNDESPar ultrapassou 76 bilhões de reais neste ano. Quase 80% dos papéis são de companhias que têm ações negociadas na bolsa. Além da Petrobras, na qual sua porção avançou de 7,7% para 11,8%, a BNDESPar tem participação em várias outras empresas consideradas estratégicas pelo governo. O portfólio vai da estatal Eletrobrás (18,5%) e da tele Oi (16,89%) às gigantes Vale (9,79% da controladora) e Embraer (5,37%). Passa ainda por companhias em estruturação, como a LLX, de Eike Batista (6,02%), e promessas da tecnologia, como Totvs (4,35%) e Bematech (8,21%).

Constituída em 1982 como uma sociedade de controle integral do BNDES (que tem o Tesouro Nacional como único acionista), a BNDESPar teve boa parte do portfólio formada a partir do seu papel auxiliar nas privatizações da década de 90. No governo Lula, a subsidiária tem sido convocada para tirar do papel as diretrizes da chamada “política industrial”, que incentiva a consolidação e internacionalização em setores considerados prioritários.

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Nesse período, ajudou a viabilizar fusões como sócia de empresas como Fibria Celulose (30,42%), união entre VCP e Aracruz; Brasil Foods (2,55%), formada por Perdigão e Sadia; e a petroquímica Braskem (5,55%), que absorveu a rival Quattor. Sem falar no incentivo ao crescimento da Oi, com o argumento de manter o controle nacional da companhia em meio à invasão estrangeira na economia.

Além da compra de ações, a subsidiária do BNDES tem capitalizado empresas com a aquisição de títulos de dívida de longo prazo. A carteira de debêntures da BNDESPar soma 7,5 bilhões de reais em papéis da Gerdau (1,3 bilhão de reais), Vale (1,19 bilhão de reais) e ALL Logística (258,1 milhões de reais), entre outras. Na semana passada, a BNDESPar comprometeu-se a adquirir pouco mais de 1 bilhão de reais em debêntures da Hypermarcas para manter o seu apetite de aquisições no setor farmacêutico.

(com Agência Estado)

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