Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

BC corta juros para 6,75% ao ano, menor taxa da história

A nova taxa é a menor desde o início do regime de metas de inflação, em 1999, e a mais baixa de toda a série histórica do BC, iniciada em 1986

Por Da redação
Atualizado em 7 fev 2018, 19h19 - Publicado em 7 fev 2018, 18h29

Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu nesta quarta-feira reduzir a taxa básica de juros a Selic, em 0,25 ponto porcentual. Com isso, a taxa básica caiu de de 7% para 6,75% ao ano, a 11ª redução consecutiva. A nova taxa é a menor desde o início do regime de metas de inflação, em 1999, e a mais baixa de toda a série histórica do BC, iniciada em 1986.

“Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 6,75% a.a. O Comitê entende que esse movimento é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2018 e, com peso menor e gradualmente crescente, de 2019”, informou em nota.

O presidente Michel Temer comemorou no Twitter a redução da Selic.

Fim do ciclo de queda

O Copom sinalizou que a trajetória de queda de juros será interrompida nas próximas reuniões, ou seja, será o último corte do ano.

Continua após a publicidade

“Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme esperado, o Comitê vê, neste momento, como mais adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária. Essa visão para a próxima reunião pode se alterar e levar a uma flexibilização monetária moderada adicional, caso haja mudanças na evolução do cenário básico e do balanço de riscos”, afirma o comitê.

Segundo o Copom, “os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação”.

Para a Rosenberg Associados, o comunicado do Copom foi muito claro. “Nosso cenário básico, assim como do Banco Central, contempla estabilidade da Selic a partir da próxima reunião. Quais são fatores que poderiam mudar o cenário e levar o Copom a fazer mais um corte de 0,25pp? A principal seria a – ainda improvável – reforma da previdência, que tivesse consequências sobre câmbio e juros”, diz a consultoria.

Na avaliação do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o novo corte de 0,25 ponto percentual na taxa Selic deve ser o último recuo do ciclo de queda da taxa de juros iniciada em agosto de 2016. Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a inflação em baixa e o ritmo ainda vagaroso do crescimento favoreceram a continuidade da queda dos juros. Mas ele admite que as incertezas de um ano eleitoral devem fazer o Banco Central a interromper o ciclo de queda.

A Federação das Indústrias do rio de Janeiro (Firjan) defende que trajetória de queda da taxa de juros não seja interrompida. “A inflação atual e a projetada para 2018 estão abaixo do centro da meta perseguida pelo Banco Central. Além disso, o crescimento do país continua baixo, apesar do recente movimento de recuperação dos principais indicadores de atividade econômica. A única justificativa para a decisão do Banco Central de reduzir o ritmo de corte da taxa de juros é a incerteza quanto à aprovação da reforma da previdência.”

Por isso, a Firjan defende que o Congresso vote a reforma ainda no primeiro trimestre do ano. “Afinal, o equilíbrio das contas públicas depende dela. Por isso, o Sistema Firjan reforça a urgência do Congresso Nacional aprová-la ainda no primeiro trimestre, sob pena de termos mais um ano de baixo crescimento, combinado com inflação e juros mais altos.”

Continua após a publicidade

Menor para quem?

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) minimizou o fato de a Selic ser a menor da história. “Mas isso adianta muito pouco, porque os juros para o tomador final no Brasil ainda estão entre os maiores do mundo. As altas taxas para o tomador final retiram poder de compra das famílias, inibem o investimento e a geração de emprego por parte das empresas e dificultam a retomada do crescimento.”

A Fiesp cobrou que o BC deixe de ‘só fazer ameaças ao sistema bancário’. “Tem que tomar ações incisivas para reduzir a taxa de juros ao tomador final.”

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.