LONDRES, 12 Jun (Reuters) – Uma união bancária que dê poderes de supervisão a uma agência internacional sobre os principais credores em todos os estados da União Europeia (UE) pode ser ativada no ano que vem, disse o presidente da Comissão Europeia, Jose Manuel Barroso, segundo edição desta terça-feira do Financial Times.
A UE precisa dar um “grande passo” em direção a uma integração mais profunda se quiser aprender as lições da crise da dívida soberana, disse Barroso em entrevista ao jornal.
O plano também incluiria um esquema de garantia de depósito regional e um fundo de resgate pago por impostos das instituições financeiras. O plano poderia ser implementado até 2013 sem mudanças nos tratados do bloco, de acordo com Barroso.
Atento ao aprofundamento da crise da dívida, que no final de semana viu a Espanha se tornar o quarto país da zona do euro a buscar ajuda internacional, os líderes da UE esperam desenvolver um guia para uma “união fiscal” na cúpula de 28 e 29 de junho.
Autoridades da UE irão apresentar propostas iniciais no encontro, e os países devem ter o plano pronto na segunda metade de 2012, afirmaram à Reuters várias fontes europeias.
A convicção de Barroso de que tais reformas podem ser implementadas rapidamente contrastam com a visão do comissário de Assuntos Econômicos e Monetários da UE, Olli Rehn, que disse na segunda-feira que abrir mão de mais soberania econômica em favor de cooperação era um projeto de médio prazo.
(Reportagem de John Stonestreet)