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Barbosa defende ajuste e nega estelionato eleitoral

Em audiência no Senado, ministro do Planejamento disse que promessas de campanha foram mantidas e que reformas ajudarão país a retomar crescimento

Por Da Redação
17 mar 2015, 12h06

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, negou que a presidente Dilma Rousseff tenha sido responsável por um “estelionato eleitoral” durante a campanha de 2014. Ao se referir às medidas do ajuste fiscal em curso, o ministro classificou-as como necessárias e corajosas, e que têm o objetivo de fazer o país retomar uma trajetória de crescimento. “Não considero que houve negação de promessas de campanha. Houve uma atividade responsável de adaptar a política econômica a uma nova conjuntura doméstica e internacional”, afirmou durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

O ministro ainda fez uma referência ao governo FHC, que defendia o câmbio fixo, mas acabou, segundo ele, adotando o modelo flutuante. “Na área fiscal é parecido. Nós usamos as capacidades que nós tínhamos para suportar choques exógenos [de fora]”, comparou. “O governo absorveu enquanto pôde o custo disso, esperando que a situação se normalizasse mais rápido e que as chuvas melhorassem. Da mesma forma que FHC segurou o câmbio o quanto pôde”, disse.

Barbosa ainda admitiu que o ajuste fiscal tem impacto restritivo na economia, mas é necessário para recolocar o país na rota do crescimento. Segundo ele, o governo trabalha para antecipar a recuperação da economia brasileira no terceiro trimestre.

Para o ministro, o primeiro passo para a retomada do avanço é trazer a inflação para o centro da meta e reequilibrar as contas públicas. “[O crescimento] Para ser sustentável, tem de ter investimento. As pessoas investem se esperam ter demanda por aquele investimento. Ninguém abre uma fábrica porque está barato, mas porque esperam ter uma demanda sustentável, por vários anos. E, para isso, é preciso ter controle da inflação e equilíbrio fiscal”, afirmou.

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Barbosa também disse que o aumento da inflação, que acumula alta de 7,7% em doze meses até fevereiro, é “temporário”. Ele ressaltou que as expectativas do mercado financeiro indicam que o IPCA de 2016 e 2017 permaneceram iguais ou até caíram. “O aumento da inflação está sendo percebido como temporário, fruto do realinhamento de preços. Vamos trazer a inflação para baixo mais rapidamente do que o mercado esperava no fim do ano passado, mas não tão rapidamente quanto gostaríamos”, considerou.

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Sobre a disparada do dólar nos últimos meses, Barbosa afirmou que “não é uma situação fora de controle”. Segundo ele, o câmbio tende a se estabilizar em um patamar mais elevado, por realinhamento de preços devido a fatores internos e externos. “Caiu o preço das commodities, e o dólar esta subindo no mundo inteiro. Não é uma situação de câmbio fora de controle”, afirmou. Nesta terça-feira, por volta das 12h, o dólar operava em alta de 0,84%, a 3,272 reais. No mês, a valorização acumulada é de 13,6% e no ano a alta já é de 22,03%.

(Da redação)

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