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Bank of America aposta em queda da Selic ainda em 2025; “Se não começar, vai ter de explicar”

Chefe de Economia para o Brasil do BofA indica redução da atividade econômica, da inflação e também da geração de empregos como motivos

Por Daniel Fernandes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 set 2025, 10h54 - Publicado em 3 set 2025, 10h34

O Bank of America projeta que o “alinhamento de astros” da economia nacional vai permitir ao Banco Central cortar a taxa Selic já neste ano, em dezembro. O corte estimado é de meio ponto porcentual, o que reduziria a taxa para 14,50% ao ano. A análise foi feita por David Beker, chefe de economia para Brasil e de estratégia para a América Latina do BofA em conversa com jornalistas na manhã desta quarta-feira, 3. “Os astros estão se alinhando para iniciar a redução de juros”, indicou.

Para ele, a atividade econômica está desacelerando, a inflação também. E o mercado de emprego, mesmo em expansão, indica o mesmo, embora de maneira mais lenta. “Se não começar (a cortar juros em 2025), vai ter de explicar muito. Mesmo o mercado de trabalho aquecido mostra alguma desaceleração. O BC tem espaço para cortar os juros em 0,5 (ponto percentual)”, indicou.

O dado que vem imediatamente à memória é o mais recente. O PIB brasileiro registrou alta de 0,4% no segundo trimestre do ano, isso na série com ajuste sazonal. Nos primeiros três meses do ano, por exemplo, o Produto Interno Bruto havia avançado 1,3%. No caso da inflação, o dado mais recente, a prévia da inflação de agosto medida pelo IPCA, mostra uma elevação de preços da ordem de 4,86% em doze meses. É menor do que o mercado projetava – no começo do ano se falava em 6% para 2025 -, mas ainda assim está acima da meta. No caso da inflação, a meta é de 3% ao ano com possibilidade de oscilação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Bank of America prega sozinho no deserto das previsões

O Bank of America parece pregar sozinho no deserto das projeções de queda da Selic. Os dois principais bancos brasileiros – Itaú e Unibanco – indicam que os cortes devem ocorrer, sim, mas apenas no ano que vem. A visão do BofA indica corte já em dezembro, com manutenção do ciclo nos primeiros meses do ano – interrupção durante o período eleitoral – e retomada após as eleições presidenciais. A taxa final, para a instituição financeira, em 2026 é de 11,25% ao ano. E a Selic chega a 10,5% no fim de 2027.

Ainda de acordo com Beker, o objetivo brasileiro é ter uma taxa real de juros em 5,5% ao ano. Esse percentual, combinado com uma inflação de 4%, também previsão do BofA para 2026, deixaria a taxa perto, mas abaixo, de 10% ao ano. “Algo perto disso seria o objetivo em algum momento”, analisou o executivo do BofA.

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O executivo do banco americano comentou ainda a respeito da política monetária atual sob condução de Gabriel Galípolo. Para ele, o Banco Central acerta e o trabalho está funcionando e o remédio amargo de juros altos tem contido tanto a inflação quanto a atividade econômica. O banco projeta que a inflação será de 4% em 2026, com nova queda no ano seguinte para 3,5%.

 

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