Londres, 30 jan (EFE).- As autoridades britânicas aconselharam aos londrinos que, diante das aglomerações previstas no transporte público durante as Olimpíadas, caminhem até o local de trabalho, mudem seus horários e, se possível, trabalhem em casa.
Os conselhos aparecem em uma campanha anunciada nesta segunda-feira para tentar evitar o colapso na antiquada rede de transporte público de Londres durante os Jogos Olímpicos.
Prevendo que os três milhões de deslocamentos diários adicionais sobrecarreguem a capacidade do metrô e dos ônibus de Londres a partir do dia 27 de julho, data da abertura dos Jogos, o Governo britânico, a Prefeitura de Londres e o Comitê Organizador (LOCOG) projetaram a campanha ‘Antecipe-se aos Jogos’.
Através de anúncios em rádio, televisão e internet, as autoridades sugerem aos londrinos que busquem ‘meios alternativos de transporte’ e trabalhem através de videoconferência na medida do possível.
Segundo os cálculos da empresa de transporte de Londres, TFL, alguns trajetos em metrô do centro da cidade até os pavilhões esportivos, que habitualmente levam 35 minutos, se transformarão em viagens de uma hora e 40 minutos durante as Olimpíadas, que durarão 17 dias, até 12 de agosto.
A campanha contará com três fases: em primeiro lugar, ‘criará a consciência’ que as Olimpíadas afetarão o sistema de transporte para, mais adiante, ‘demonstrar que há alternativas disponíveis para evitar os congestionamentos’, como ‘caminhar e andar de bicicleta’.
Na terceira e última fase, pouco antes do início dos Jogos, insistirá que os londrinos ponham em prática essas opções alternativas e deixem de utilizar o transporte público, especialmente nos horários de pico.
‘Os negócios de Londres deveriam ser capazes de beneficiar-se dos milhares de visitantes que chegarão à cidade, enquanto os londrinos deveriam poder continuar com suas vidas normalmente. Fizemos um esforço enorme para que isso ocorra’, destacou o prefeito da capital britânica, Boris Johnson.
No mesmo sentido, o presidente do LOCOG, Sebastian Coe, ressaltou que ‘a escala destes Jogos não tem precedentes’ e que cerca de 11 milhões de pessoas assistirão pelo menos uma competição esportiva.
Os espectadores se somarão aos 14 mil atletas, sete mil técnicos e 20 mil jornalistas que precisarão movimentar-se por Londres, cidade que registra 24 milhões de deslocamentos em transporte público e veículo particular em um dia comum de trabalho.
Johnson frisou que a capital britânica investiu 7,73 bilhões de euros na melhoria de seu sistema de transporte para receber o maior evento esportivo do planeta. EFE