Atividade econômica cresce 0,17% em outubro, diz Banco Central
Apesar do avanço, índice mostra desaceleração em relação ao dado de setembro, quando houve avanço de 0,48%
O Brasil iniciou o quarto trimestre com provas da continuidade dos sinais de recuperação da atividade econômica. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 0,17% em outubro na comparação com o mês anterior, em dados ajustados sazonalmente informados pelo Banco Central nesta sexta-feira, 13.
Apesar do crescimento acima do esperado, a leitura mostra desaceleração em relação ao dado de setembro, quando houve avanço de 0,48%. Em relação a outubro de 2018, o IBC-Br apresentou ganho de 2,13% e, no acumulado em 12 meses, houve alta de 0,96%, segundo números observados.
O IBC-Br, informalmente conhecido como a prévia do Produto Interno Bruto, avalia a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos setores da economia: indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
O indicador oficial, entretanto, é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é divulgado trimestralmente. O PIB soma todos os produtos e serviços produzidos pelo país em um determinado período.
Recuperação
O ritmo de recuperação dá sinais em todas as áreas da economia. Em outubro, a produção industrial registrou o terceiro mês seguido de ganhos, no melhor resultado para o mês em sete anos, com alta de 0,8%. Já as vendas no varejo subiram pelo sexto mês seguido com ganho de 0,1%, enquanto o volume de serviços cresceu 0,8%, no melhor resultado para outubro em sete anos.
O crescimento da economia do Brasil acelerou mais do que o esperado no terceiro trimestre em meio a ganhos da agropecuária, da indústria e do consumo das famílias. O PIB expandiu 0,6% no terceiro trimestre em relação ao segundo, indicando recuperação gradual sustentada à frente. O dado, entretanto, pode subir, já que o IBGE avisou que irá revisar o resultado para considerar novos dados de exportação que foram corrigidos pelo governo.
A expectativa é de que o quarto trimestre reflita com ainda mais força os efeitos da queda da Selic –que o BC já indicou que levará a 4,5% em dezembro– e a melhora do sentimento dos investidores e empresários após a aprovação da reforma da Previdência, além da liberação do FGTS. Boletim Focus do BC divulgada esta semana mostra que a expectativa do mercado é de um crescimento da economia este ano de 1,10%, indo a 2,25% no próximo ano.
(Com Reuters)