Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Arrecadação federal sobe 7% em março e bate novo recorde para o mês

Aumento foi impulsionado pela nova tributação sobre "fundos dos super-ricos" e por melhora no consumo e no mercado de trabalho

Por Juliana Elias Atualizado em 23 abr 2024, 12h26 - Publicado em 23 abr 2024, 11h32

A arrecadação do governo federal com impostos em março alcançou 190,6 bilhões de reais em março, um aumento de 7,2% na comparação com março do ano passado e maior valor registrado, de acordo com a Receita Federal. O resultado, que já considera os ganhos acima da inflação, é o maior registrado para o mês de março desde pelo menos 2000.

No total do trimestre, marcado por uma sucessão de recordes também em janeiro e fevereiro, a arrecadação foi de 657,8 bilhões, aumento real (acima da inflação) de 8,4% ante os mesmos meses no ano passado e o melhor resultado para um primeiro trimestre desde 1995, no começo do Plano Real.

O avanço das receitas foi impulsionado tanto por fatores extraordinários, caso da nova taxação sobre fundos exclusivos e do retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, como também pela atividade econômica e mercado de trabalho mais consistentes, que têm ajudado a erguer as receitas com INSS e PIS/Cofins, por exemplo.

De acordo com a Receita, quando descontadas as receitas extraordinárias do período, o aumento da arrecadação teria sido de 1,9% no mês e de 4,7% no trimestre. Ainda assim, o resultado continuaria sendo recorde nos dois casos.

Continua após a publicidade

Entre os destaques, o Imposto de Renda sobre capital, que incide sobre os rendimentos com investimentos e capta as alterações nos fundos exclusivos, somou 10,5 bilhões em março, alta de 48,9% na comparação com março do ano passado – sendo que 3,4 bilhões de reais, ou cerca de um terço do valor total, veio da nova tributação.

Esses ganhos, entretanto, serão passageiros. A tributação dos fundos exclusivos, apelidados de “fundos dos super-ricos” e antes isentos da cobrança anual do “come-cotas”, foi uma das medidas de aumento de arrecadação promovidas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no ano passado. Uma parte dessa nova taxação foi cobrada sobre os rendimentos que já tinham acumulados até 2023, com o pagamento parcelado em até quatro vezes – e são essas quatro parcelas que estavam caindo, desde dezembro, na conta do governo.

O PIS/Pasep e a Cofins arrecadaram 40,9 bilhões de reais no mês, aumento de 20,6% na comparação com março de 2023, ajudados tanto pelo retorno das cobranças sobre o diesel e a gasolina quanto pelo aumento das vendas no varejo. A Receita Previdenciária cresceu 8,4% no mês, para 53 bilhões, impulsionada pelo avanço na formalização do mercado de trabalho e dos salários.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.