Por Leonardo Goy
BRASÍLIA, 27 Jan (Reuters) – A arrecadação federal deverá crescer em 2012 a um ritmo menor do que o verificado no ano passado, disse nesta sexta-feira o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto.
Em 2011, o valor coletado em impostos e contribuições totalizou 993,667 bilhões de reais, superando em 10,10 por cento a arrecadação total de 2010, de 902,478 bilhões de reais. Os valores são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
“A arrecadação continuará crescendo, juntamente com a economia e a taxas menores do que foi em 2011, mas sempre crescendo”, disse o secretário a jornalistas.
Segundo Barreto, o crescimento de 10,1 por cento verificado no ano passado foi o maior dos últimos quatro anos.
Em dezembro, o governo federal arrecadou 96,632 bilhões de reais em impostos e contribuições, uma queda real de 2,69 por cento sobre igual mês do ano anterior. Mesmo assim, dezembro foi o mês de maior recolhimento em 2011.
Barreto afirmou ainda que em janeiro de 2012 o crescimento da arrecadação, em comparação ao mesmo mês em 2011, será inferior ao que foi verificado em janeiro do ano passado ante igual mês de 2010.
Isso se deve, segundo Barreto, à forte base de comparação, pois em janeiro do ano passado a arrecadação, corrigida pelo IPCA, somou 96,195 bilhões de reais. “Em janeiro de 2011 houve recolhimento antecipado de CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) e IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica)”, explicou Barreto.
Para 2012, o secretário espera que a Receita obtenha cerca de 18 bilhões de reais em receitas extraordinárias, como em recuperações judiciais, mesmo patamar de 2011.
Entre os tributos arrecadados pela Receita Federal, o maior montante em 2011, de 277,870 bilhões de reais, foi obtido com receitas previdenciárias.
Também entre os tributos com maiores coletas, o Cofins e o PIS-Pasep arrecadaram 204,848 bilhões de reais no ano passado e o IRPJ e a CSLL, 166,634 bilhões de reais.
Apesar do crescimento da arrecadação no ano passado, Barreto ressaltou que o ritmo foi amortecido pelas medidas macro prudenciais anunciadas no começo de 2011.
“As medidas levaram ao desaquecimento. A arrecadação continuou crescendo, mas a taxas menores do que no começo do ano”, disse Barreto.