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Apple remove apps que permitem driblar censura na China

As autoridades chineses movimentam-se agressivamente para apertar o controle sobre as VPNs

Por Estadão Conteúdo 31 jul 2017, 09h34

A Apple está removendo softwares de sua loja de aplicativos na China, a qual permitiu que seus usuários contornassem o vasto sistema de filtros de internet do país, de acordo com os fabricantes de aplicativos.

Diversos apps populares, que dão aos usuários acesso a redes virtuais privadas (VPN, na sigla em inglês), desapareceram da versão chinesa da App Store no sábado. Nas últimas semanas, as autoridades chineses movimentaram-se agressivamente para apertar o controle sobre as VPNs, que são utilizadas por grande parte da população: desde ativistas políticos até cientistas de empresas multinacionais, para acessar conteúdo de internet sem censura, além das fronteiras da China.

Uma das companhias, a ExpressVPN, afirmou, em uma publicação, que a Apple havia notificado que seu aplicativo havia sido removido da App Store chinesa por ter conteúdo ilegal em solo chinês.

Outra empresa, a Star VPN, disse, em seu perfil no Twitter, que também recebeu o aviso. Pesquisas na China App Store para uma série de aplicativos VPN populares não apresentaram resultados na noite de sábado. “Estamos decepcionados com esse desenvolvimento, porque representa a medida mais drástica que o governo chinês tomou para bloquear o uso das VPN até o momento, e estamos preocupados ao ver a Apple ajudar os esforços de censura de Pequim”, comentou a ExpressVPM.

A Apple confirmou, mais tarde, as remoções em uma declaração, criando novas regras que exigem que os provedores de VPN obtenham licença dos reguladores. “Nós precisamos remover alguns apps VPN na China que não atendem aos novos regulamentos. Esses aplicativos permanecem disponíveis em outros mercados onde eles fazem negócios”, justificou a Apple. Reguladores de internet da China não responderam a múltiplos pedidos de comentários sobre sua regulamentação de VPNs.

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O movimento da Apple tem como objetivo ajudar a empresa a manter o lado seguro de uma série de novos e difíceis regulamentos de segurança cibernética projetados para solidificar o controle de Pequim na internet chinesa. No início deste mês, a gigante de tecnologia Cupertino anunciou que, devido às novas regras, planejava armazenar todos os dados dos clientes chineses em servidores operadoras por uma empresa controlada pelo governo.

No passado, a Apple removeu aplicativos individuais da App Store chinesa, que operavam contra os censores da China. Mas é raro que a empresa elimine diversos apps de uma só vez.

(Com Estadão Conteúdo)

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