Após reforma, Estácio faz demissão em massa de professores
Universidade demitiu cerca de 1.200 professores. Desses, 450 só no Rio de Janeiro
O Grupo Estácio realizou a demissão em massa de professores após a entrada em vigor da reforma trabalhista, segundo o Sindicado dos Professores de São Paulo (SinproSP). A universidade confirma as demissões, mas não informa o número de profissionais cortados. O colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, informa que foram dispensados 1.200 professores. De acordo com o Sinpro, só no Rio foram cortados 450 profissionais. Em São Paulo, outros cem foram dispensados pela Estácio, informa o sindicato.
Em nota, a Estácio informa que “promoveu uma reorganização em sua base de docentes” no fim do segundo semestre letivo. “O processo envolveu o desligamento de profissionais da área de ensino do grupo e o lançamento de um cadastro reserva de docentes para atender possíveis demandas nos próximos semestres”.
Para o Sinpro, a criação de cadastro reserva indica que a Estácio fará recontratações com salários inferiores ao dos professores demitidos. O sindicato afirma que a Estácio não pode admitir isso, pois configuraria fraude trabalhista.
Em nota, a Estácio afirma que os novos profissionais serão recontratados pelo regime CLT, que prevê novas formas de contratação após a reforma trabalhista – caso do contrato intermitente, que permite que a empresa pague apenas pelas horas que necessitar do funcionário.
“A reorganização tem como objetivo manter a sustentabilidade da instituição e foi realizada dentro dos princípios do órgão regulatório”.
A Estácio publicou um comunicado no Facebook informando sobre as demissões. O post recebeu mais de 2.000 reações, a maioria negativa. “Tirar os melhores professores não vai garantir um ensino de excelência, muito pelo contrário. Como aluna e educadora digo que o anseio de um aluno de universitário deve ser o de aprender, não o de passar nas disciplinas sem sacrifício”, escreveu uma aluna.