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Após dois meses de queda, serviços se recuperam e crescem 2,4%

Quatro das cinco atividades avançaram no período; em relação ao pré-pandemia, serviços avançaram 4,5%

Por Larissa Quintino 13 jan 2022, 09h19

Após duas taxas negativas seguidas, o setor de serviços reagiu. Em novembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 13, a atividade cresceu 2,4%. O resultado reverte a queda de setembro e outubro, que haviam acumulado queda de 2,2%.

“Esta recuperação do mês de novembro coloca o setor no maior patamar dos últimos seis anos, igualando-se ao nível de dezembro de 2015. Das últimas 18 informações divulgadas, na comparação mês contra mês anterior, 15 foram positivas e 3 foram negativas: março, devido a segunda onda de Covid, e setembro e outubro, por conta de aumentos de preços em telecomunicações e passagens aéreas”, destaca o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. Na comparação com fevereiro de 2020, pré-pandemia, a atividade do setor está 4,5% acima.

Maior setor do PIB, o resultado da atividade em serviços é importante para entender o caminho da economia. Muito afetado em 2020  com as medidas de distanciamento necessárias para conter a Covid-19, o setor teve quedas bruscas e em 2021 vem em recuperação devido o avanço da vacinação. Em setembro e outubro, no entanto, o setor refletiu a perda de dinâmica da economia, mas retomou a tendência de recuperação em novembro.

Segundo o IBGE, no mês,  quatro das cinco atividades investigadas avançaram, com destaque para serviços de informação e comunicação (5,4%), que recuperaram a perda de 2,9% verificada nos dois meses anteriores. Com isso, a atividade se coloca num patamar 13,7% acima de fevereiro de 2020. “Nessa atividade, sobressai o setor de tecnologia da informação, principalmente os segmentos de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca da internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares e consultoria em tecnologia da informação”, ressalta Lobo.

O setor de tecnologia da informação cresceu 10,7% de outubro para novembro, maior taxa desde janeiro de 2018 (11,8%), ficando 47,4% acima do patamar pré-pandemia. Lobo explica que “depois do período mais agudo da pandemia, a partir de junho de 2020, o setor mostrou uma rápida recuperação, acelerando o ritmo de crescimento das receitas. Essas informações positivas são em boa parte explicadas pelo dinamismo das empresas do setor de TI, que fornecem serviços para outras empresas.”

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O segundo impacto positivo no índice do novembro veio da atividade de transportes, que cresceu 1,8% e praticamente recuperou a perda de 1,9% observada entre setembro e outubro. Com isso, a atividade está operando num patamar 7,2% acima de fevereiro de 2020. “Os destaques na área de transportes foram transporte aéreo de passageiros, correio e transporte rodoviário de carga”, informa Lobo.

Com alta de 2,8%, os serviços prestados às famílias representaram o terceiro impacto positivo no mês. “Esta é a oitava taxa positiva seguida, acumulando um crescimento de 60,4%, mas ainda insuficiente para voltar ao patamar pré-pandemia. O segmento está operando num nível 11,8% abaixo de fevereiro de 2020”, explicou o pesquisador. Já os outros serviços cresceram 2,9% em novembro, recuperando apenas uma pequena parte da queda e 12,6% entre setembro e outubro. O setor foi impulsionado pela coleta de resíduos não perigosos, administração de fundos por contrato ou comissão e consultoria em investimentos financeiros.

Por outro lado, com queda de 0,3%, os serviços profissionais, administrativos e complementares apresentam a quarta taxa negativa seguida, acumulando perda de 3,7%. Na comparação com novembro de 2020, o volume de serviços avançou 10,0%, registrando a nona taxa positiva seguida, crescimento em quatro das cinco atividades, com destaque para transportes e serviços de informação e comunicação. “Nesta comparação, seguimos com o efeito da baixa base de comparação dos meses de 2020”, destaca Lobo.

Em termos acumulados, de janeiro a novembro de 2021, a taxa ficou em 10,9%. Em 12 meses, com expansão de 9,5% em novembro, o setor manteve a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2021 (-8,6%) e alcançou a taxa mais intensa da série iniciada em dezembro de 2012.

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