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Com Selic maior, projeção para inflação cede após 35 semanas de alta

Segundo Boletim Focus, o IPCA deve encerrar o ano ainda em dois dígitos, em 10,05%; economistas estabilizaram a previsão para 2022, mas apostam em PIB menor

Por Larissa Quintino Atualizado em 13 dez 2021, 14h04 - Publicado em 13 dez 2021, 09h06

Após 35 semanas consecutivas, o mercado financeiro alterou a sinalização da inflação. De acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 13, os analistas consultados pelo Banco Central projetam que o índice deve encerrar o ano em  10,05%. A estimativa é menor que os 10,18% da semana passada e a primeira vez em oito meses que o mercado passa a projetar a inflação para baixo. A mudança na direção da aposta neste ano ocorre após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) que, por mais uma vez, subiu a taca básica de juros. Para 2022, a previsão do IPCA é a mesma da semana passada: 5,02%, a primeira estabilidade após 20 semanas de altas seguidas.

Vale lembrar que, mesmo com o fim das projeções de alta, o IPCA deixou a meta muito para trás este ano. A meta para o ano é de 3,75%, com o teto de 5,25%. Para o ano que vem, o centro da meta é de 3,50%, com a tolerância até 5%. Para tentar evitar uma perda de controle tão grande no índice de preços como ocorreu este ano, o BC subiu em mais 1,5 ponto percentual a taxa básica de juros, chegando a 9,25% ao ano, e já projetou uma nova alta de 1,5  ponto para a primeira reunião de 2022, em fevereiro. Com a sinalização, os analistas do Boletim Focus creem que o BC deve continuar apertando os cintos no próximo ano, e preveem a Selic a 11,5% ao fim de 2022, 2,25 pontos percentuais acima do vigente atualmente.

A elevação da taxa de juros é um instrumento de política monetária para conter a alta dos preços porque deixa o crédito mais caro tanto para as famílias quanto para as empresas. Assim, com menor consumo, os preços tendem a cair. O remédio, entretanto, é amargo e tem como efeito colateral a diminuição do crescimento da economia. Com menos crédito para investimento e menos consumo das pessoas, as atividades econômicas perdem dinamismo. Segundo os analistas consultados pelo BC, o efeito disso deve ser visto na economia brasileira tanto neste ano quanto no próximo. Os economistas projetam o PIB a 4,65% este ano, abaixo dos 4,71% projetados na semana passada. Para 2022, a estimativa é de um crescimento tímido, de 0,5%, ligeiramente menor que o 0,51% previsto na semana passada.

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