Anfavea e Fenabrave pedem prorrogação do IPI
Benefício tributário para o setor automotivo acaba nesta sexta-feira; entidades fornecem ao governo números para embasar pedido de renovação
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) pediram nesta quarta-feira ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, a prorrogação da redução de IPI, que vence na próxima sexta-feira (31). Para convencer o governo, as entidades apresentaram os resultados da redução do tributo nas vendas e no emprego.
De acordo com o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, houve aumento de 33,4% no licenciamento de veículos leves na média diária de junho e agosto – período em que o benefício está em vigor – em relação à de maio.
Ele também argumentou que, embora o Planalto tenha registrado perda de arrecadação de IPI da ordem de 20 milhões de reais, ganhou no recolhimento dos demais tributos. Belini afirmou que se forem considerados IPI, PIS/Cofins, ICMS e IPVA houve aumento líquido no pagamento desses tributos de1,7 milhão de reais pela média diária entre junho e agosto.
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Segundo o presidente da Anfavea, houve ainda acréscimo no emprego do setor de 3.100 postos de trabalhos, dos quais 2.700 foram criados no período de vigência da redução do IPI. “Com estes dados o ministro ficou bastante tranquilo e agora está nas mãos dele qualquer decisão sobre a prorrogação do IPI. O setor pleiteia que haja continuidade”, afirmou.
Belini disse que a Anfavea não solicitou um período para prorrogação. “O setor entende que seria melhor que continuasse a redução do IPI para que o mercado continue aquecido”. Ele reiterou, no entanto, que está otimista em relação ao pedido feito ao governo.
O presidente do Conselho Deliberativo da Fenabrave, Flávio Meneghetti, que também participou da reunião, disse que a redução do IPI mostrou efetividade e que seria interessante que houvesse continuidade.
(com Agência Estado)