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A volta do otimismo

Economia começa a dar sinais de melhora, e o anúncio de nomes tarimbados dos setores público e privado para cargos-chave do novo governo entusiasma mercado

Por Marcelo Sakate Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 nov 2018, 17h47 - Publicado em 23 nov 2018, 07h00
(Andre Valentim - Evaristo Sá/AFP - Wilton Junior/Estadão Conteúdo - Folhapress/Shutterstock)

O governo de Jair Bolsonaro ainda não começou, mas já pode contar com uma boa notícia. A economia brasileira ensaia finalmente um movimento de recuperação consistente, com a volta gradual da confiança de empresários e consumidores, depois de um quadriênio de recessão profunda seguida de baixo crescimento. Mais do que isso: tanto o mercado financeiro quanto o empresariado estão animados e confiantes para 2019, o que pode se tornar uma profecia autorrealizável: otimistas, financistas e executivos abrem a mão para contratar e investir, o que por si só ajuda a empurrar o crescimento do país. Bancos e consultorias começam a revisar para cima a projeção de expansão do produto interno bruto (PIB) em 2019 — o consenso no mercado aponta uma alta de 2,5%, que, se confirmada, será o melhor resultado em seis anos. Trata-se de um fenômeno avalizado por uma série de indicadores e acontecimentos nas últimas semanas. Entre os fatores mais significativos que trazem ânimo ao setor privado está a composição da equipe econômica do novo governo com profissionais experientes e tarimbados nos cargos-chave: é a sinalização de que o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, terá força e autonomia para implementar suas ideias, neutralizando, por ora, as suspeitas de que o estatismo histórico de Bolsonaro poderia prevalecer no governo.

Guedes pretende imprimir medidas para melhorar o ambiente de negócios sem abrir mão de políticas fiscais e monetárias responsáveis. Será o grande teste de Bolsonaro no campo econômico. A prioridade, obviamente, é a reforma da Previdência, sem a qual o próximo governo não terá condições a curto e médio prazo de reequilibrar as finanças públicas — e isso pode minar o otimismo que está se espalhando. Com as contas no vermelho, será inviável melhorar a qualidade dos serviços públicos em áreas fundamentais como saúde, educação e segurança.

FARTURA – Supermercado lotado: as vendas aumentaram 15% desde a crise (Márcio Alves/Agência O Globo)

Com uma equipe econômica de peso, Bolsonaro e Guedes ganham tempo e força para entregar resultados. O voto de confiança dado por investidores, analistas e empresários deve se estender ao menos até o fim do primeiro semestre de 2019. Mas o fato é que o retorno do otimismo já se faz sentir no mercado financeiro e na economia real do país. Desde meados de setembro, quando a perspectiva de vitória de Bolsonaro se tornou mais clara, o principal índice de ações da bolsa brasileira subiu 17%, enquanto o dólar caiu 10% em relação ao real. “Vemos ainda espaço para otimismo crescente. Em grande medida, tal crescimento, especialmente nos próximos dezoito meses, não depende da política — basta não atrapalhar”, escreveu em relatório recente um dos mais respeitados gestores de ativos do país, Luis Stuhlberger, do Fundo Verde. Eis um ponto fundamental: não atrapalhar, um imperativo aparentemente desconhecido no Congresso  (veja o quadro abaixo).

A bolsa brasileira, a B3, passou os últimos meses em compasso de espera, sem grandes movimentações, por causa da incerteza eleitoral. Com a vitória de Bolsonaro, cerca de trinta companhias já se mexem para realizar ofertas de ações em 2019. A Tivit, de tecnologia, o banco BMG, a Centauro, varejista de artigos esportivos, a Bio Ritmo, de academias, e a Neoenergia, do setor elétrico, são algumas das candidatas a estrear no pregão nos próximos meses.

Originalmente o fiador da credibilidade do futuro governo na área econômica, Paulo Guedes teve carta branca para preencher os cargos-chave até agora. Ele conseguiu emplacar até mesmo profissionais a quem seu chefe tem restrições — é o caso de Joaquim Levy, que, a despeito de ter sido ministro da Fazenda de Dilma Rousseff, vai assumir o BNDES. A escolha de nomes experientes ou de mercado, em detrimento de indicações de políticos aliados, é um sinal de que o presidente eleito pretende seguir em frente com o receituário econômico ortodoxo. Para o BC, Guedes escolheu Roberto Campos Neto, diretor do Santander no Brasil, com extensa experiência no setor financeiro, embora estreante em cargo público. Sua indicação tem ainda um peso simbólico: ele é neto de um dos expoentes do liberalismo econômico no Brasil, Roberto Campos, ministro do Planejamento no governo militar nos anos 60. Em tese, a sua escolha anuncia um objetivo de continuidade da elogiada — e adequadamente discreta — gestão de Ilan Goldfajn, marcada pelo pulso firme com a inflação e pelo incentivo à concorrência no setor financeiro. Para a Petrobras, Guedes selecionou Roberto Castello Branco, um economista com ampla experiência no campo acadêmico e no setor privado. Ele já foi, inclusive, conselheiro na própria petroleira. Defende como uma de suas diretrizes no cargo acelerar a exploração do pré-sal, o que tem reflexos positivos em toda a cadeia de fornecedores do petróleo e do gás natural. E, apesar de não ter falado no assunto depois de confirmado no cargo, já escreveu artigos no passado favoráveis à privatização da BR Distribuidora — música para os ouvidos do mercado. A Secretaria do Tesouro, responsável pela renegociação da dívida dos estados com a União, entre outras atribuições relevantes, vai continuar nas mãos de Mansueto Almeida, um respeitado especialista em finanças públicas. “A escolha de nomes reconhecidamente competentes ameniza o temor de que Guedes pudesse se tornar a única estrela da equipe econômica”, avalia Adriano Pitoli, da Tendências Consultoria.

Finalmente, o fato de um candidato do PT não ter sido eleito, por si só, já representou um sinal de alívio para investidores e empresários, uma vez que um dos eixos do programa de governo derrotado era o fortalecimento do papel do Estado como indutor do crescimento econômico — e essa desconfiança nem mesmo o histórico de moderação de Fernando Haddad ou seus acenos ao setor privado conseguiram mitigar.

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É bom que se diga que o entusiasmo com a equipe econômica vem complementar sinais reais de retomada no Brasil. Um levantamento da consultoria Deloitte com 826 empresas de 32 segmentos da economia — cujas receitas somadas equivalem a 43% do PIB — revelou que 97% delas pretendem fazer investimentos no próximo ano; quase a metade dos entrevistados tem planos de contratação. Quatro em cada cinco companhias acreditam que as vendas aumentarão no próximo ano. A pesquisa foi conduzida logo após o segundo turno e conseguiu captar a definição do cenário político. “Há um nível de confiança expressivo de que medidas necessárias serão tomadas e de que isso vai se refletir nos negócios”, diz Othon Almeida, sócio da Deloitte.

Alguns projetos já começam a se tornar realidade. No início do mês, a americana Novelis, líder mundial em produtos de alumínio, anunciou um investimento de 650 milhões de reais para ampliar a capacidade de produção da fábrica em Pindamonhangaba, no interior paulista. O projeto, que estava em estudo pela matriz desde o fim de 2017, vai elevar em 17% a capacidade de produção de laminados que são utilizados, por exemplo, para a fabricação de latinhas de cerveja e refrigerante. “Avaliamos que a economia vai crescer mais nos próximos anos e precisamos estar prontos para o aumento da demanda”, disse a VEJA Tadeu Nardocci, presidente da Novelis para a América do Sul. Em setembro, a japonesa Toyota havia oficializado um investimento de 1 bilhão de reais em sua unidade em Indaiatuba, também em São Paulo. A fábrica é responsável pela produção do Corolla, o seu modelo de automóvel que mais vende no país. “É encorajador ver que a intenção de contratação de trabalhadores tenha aumentado para o maior nível em seis anos, o que oferece alguma esperança de que o desemprego possa começar a cair”, afirma Pollyanna de Lima, economista da consultoria inglesa IHS Markit. Um levantamento conduzido pela consultoria em outubro com 600 companhias que operam no Brasil revelou melhora das expectativas para os negócios nos próximos doze meses em diferentes aspectos, desde as receitas e a lucratividade até o nível de investimento.

No dia a dia, o cidadão comum nota os motivos para otimismo, como as lojas cheias. Um estudo da Tendências Consultoria dá a dimensão do avanço em alguns segmentos. As vendas de supermercados já cresceram 15% desde o fundo do poço atingido na recessão e superaram em 5% o melhor momento antes da crise. Retomada parecida vivem as farmácias. Um dos principais indicadores da atividade econômica também apresenta desempenho robusto: a produção de automóveis cresceu 10% de janeiro a outubro em relação ao mesmo período de 2017, e as vendas subiram ainda mais: 15%. Trata-se de um setor industrial com uma das cadeias produtivas mais longas, o que significa que a receita extra se espalha por uma extensa lista de fornecedores e prestadores de serviços. “Os fundamentos estão colocados para que a recuperação, desta vez, seja para valer”, afirma Pitoli, da Tendências.

Ele faz referência a uma série de condições que favorecem e explicam a volta do consumo. Tanto o endividamento quanto a inadimplência dos cidadãos — também de empresas, embora em menor grau — recuaram aos níveis anteriores à recessão. Isso ajuda a explicar por que o volume de crédito concedido pelos bancos a pessoas físicas deve encerrar o ano com uma expansão de 6% — e de 12% no caso de empresas. A queda do dólar em relação ao real e da cotação internacional do petróleo nas últimas semanas dá um alívio expressivo à inflação, permitindo ao BC segurar a taxa básica de juros, o que favorece o investimento. O petróleo mais barato ainda espanta o risco de uma nova greve dos caminhoneiros — boa notícia em dobro.

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Bolsonaro não foi o primeiro a resistir a pressões de aliados e apontar nomes estelares para o time econômico. Na realidade, ele repete a fórmula adotada pelo presidente Michel Temer, que indicou Henrique Meirelles para o Ministério da Fazenda e Goldfajn para o Banco Central, entre outras escolhas aplaudidas pelo mercado — mas os escândalos de corrupção e seus imbricamentos políticos atropelaram a retomada. A história, porém, mostra que não há uma regra. Em 2002, o recém-eleito Luiz Inácio Lula da Silva apostou em Antonio Palocci como ministro da Fazenda. Médico por formação, ele havia sido prefeito de Ribeirão Preto pelo PT, e não tinha nenhuma experiência com política econômica. Uma vez empossado, Palocci abriu canais de diálogo com o empresariado e investidores, cercou-­se de economistas de gabarito e acabou se tornando um dos pilares do crescimento estrondoso dos anos seguintes e um darling do mercado — hoje encarcerado em Curitiba.

Há também significados simbólicos nas escolhas de Bolsonaro. Com a definição do comando tanto do BNDES como da Petrobras, o núcleo duro do próximo governo já conta com três egressos da Universidade de Chicago. Guedes e Castello Branco fizeram pós-­doutorado por lá no fim dos anos 70; no início da década de 90, Levy tornou-se doutor pela universidade, que é o berço do liberalismo econômico moderno. Entre seus principais expoentes estão o austríaco Friedrich von Hayek, Nobel de Economia em 1974, e o americano Milton Friedman, laureado dois anos depois. Um grupo de seus discípulos (incluindo colegas de turma de Paulo Guedes) destacou-se ao implantar um programa de abertura da economia, privatizações e redução de impostos, entre outras medidas, durante a ditadura de Augusto Pinochet, no Chile. Seus integrantes entraram para a história sob a alcunha de Chicago Boys (Garotos de Chicago, em inglês), por terem promovido um forte crescimento do país, num primeiro momento — e que depois desembocou numa crise severa.

BOA SURPRESA –  O inexperiente Palocci assumiu a Fazenda em 2003 e foi bem (Paulo Pinto/AE/.)

O objetivo declarado de Guedes e sua equipe é repetir a primeira parte — a do sucesso — da experiência chilena. Apesar da boa maré, os desafios são muitos. Será fundamental não subestimar as dificuldades de execução do projeto, principalmente aquelas relacionadas à aprovação no Congresso. Governos anteriores que desfrutaram apoio político até superior ao de Bolsonaro, caso de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, ficaram aquém das promessas de reformas. Um eventual fracasso na tentativa de mudar as regras de aposentadoria, por exemplo, pode minar a confiança que se deposita no novo governo. Mais que isso, deverá inviabilizar o cumprimento da regra do teto para a evolução dos gastos públicos já em 2020. “Alcançar seus objetivos vai demandar mais do que apenas vontade e senso de propósito; vai exigir habilidade política para garantir condições mínimas de governabilidade e para fazer avançar a agenda de reformas”, escreveu em relatório recente Alberto Ramos, chefe de pesquisas para a América Latina do banco americano Goldman Sachs. E a habilidade política é uma prova na qual o novo governo ainda não foi testado. Ou seja: otimismo e confiança certamente ajudam, mas uma hora é preciso mostrar resultados concretos, ou a maré vira.


A turma do posto Ipiranga

(Cristiano Mariz/VEJA)

Paulo Guedes 
CARGO: ministro da Economia

Todo-poderoso da economia em Brasília, é ultraliberal. Defende o Estado mínimo e a abertura à competição externa. Vai comandar a formulação de políticas econômicas, as relacionadas ao Orçamento e também à indústria

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(Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

Joaquim Levy 
CARGO: presidente do BNDES

Doutor em economia pela Universidade de Chicago, foi ministro da Fazenda de Dilma. Pretende tornar o banco mais seletivo nos empréstimos e propor formas de viabilizar o investimento privado em infraestrutura


(Cristiano Mariz/VEJA)

Mansueto Almeida 
CARGO: secretário do Tesouro

Atual ocupante do cargo, é a “herança bendita de Temer”. Vai conduzir a renegociação da dívida dos estados com a União. Defende a redução de subsídios e uma avaliação do custo-benefício de programas com dinheiro público


(Wilton Junior/Estadão Conteúdo)

Roberto Castello Branco 
CARGO: presidente da Petrobras

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Foi diretor da Vale e conselheiro da Petrobras. Tem também vasta produção acadêmica e dirige a FGV-RJ. É favorável ao aumento da competição no setor na área de refino e à ampliação da produção do pré-sal pela estatal


(Carlos Della Rocca/Divulgação)

Roberto Campos Neto 
CARGO: presidente do Banco Central

Diretor do Santander, tem longa experiência no mercado financeiro. É neto de um dos expoentes do liberalismo econômico brasileiro, Roberto Campos. Deve manter a política do atual presidente do BC, Ilan Goldfajn

 


A verdadeira resistência

Os deputados e senadores que ocuparão as cadeiras do Congresso Nacional até 31 de janeiro do ano que vem estão deixando uma herança maldita — e cara — para o país. Nos últimos meses, o Senado e a Câmara aprovaram projetos que ampliam as despesas, ou que impõem ao governo a renúncia de receitas. Os efeitos das chamadas “pautas-bom­ba” são de longo prazo. O reajuste do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal, por exemplo, pode aumentar anualmente as despesas do governo em 5,3 bilhões de reais, graças ao efeito cascata — outras carreiras do Judiciário têm o salário atrelado aos vencimentos do STF.

Os parlamentares também se apressam para aprovar a prorrogação até 2023 das isenções fiscais para empresas que atuam nos polos industriais regionais, chamados de superintendências de desenvolvimento, da Amazônia, do Nordeste e do Centro-Oeste. O custo da medida ultrapassará 9 bilhões de reais por ano. É um agravamento na situação deficitária do Orçamento federal — nó a ser desatado pela equipe econômica de Bolsonaro.

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O JOGO –  Eunício Oliveira: pautas-bomba antes da aposentadoria (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Muitos dos parlamentares que apoiam as medidas que comprometem as finanças futuras não se reelegeram e não estarão no Congresso para lidar com o problema quando a conta chegar. A taxa de renovação nas vagas de deputados e senadores foi a maior em vinte anos — mais de 50%. “Isso ampliou o estímulo para a discussão de medidas que desrespeitam a responsabilidade fiscal”, analisa Bruno Lavieri, economista da consultoria 4E. Ele lembra que as denúncias de corrupção dentro do governo de Michel Temer o deixaram sem força para barrar a evolução dessas medidas. A equipe de Bolsonaro também tem sido ignorada em relação a tais assuntos, ainda que vá ser diretamente afetada por seu impacto.

Eunício Oliveira, líder do Senado (e um dos desempregados a partir de fevereiro), tem sido o principal fiador das pautas-bomba. O parlamentar do MDB virou um ponto de conflito com a equipe de Paulo Guedes. Oliveira e o futuro ministro da Economia trocaram farpas publicamente nas últimas semanas, sobretudo depois que Guedes disse que era preciso dar uma “prensa” no Congresso, mas parece que o político acabou ganhando a queda de braço. Como se sabe, os estados e municípios cresceram o olho nos 130 bilhões de reais que o governo deve levantar com o leilão dos campos de petróleo do pré-sal — e têm feito pressão junto ao Congresso a fim de obter autorização legal para abocanhar parte dessa verba. Oliveira, sabendo disso, rendeu-se docemente à pressão dos estados e municípios e prometeu lhes dar metade dos 130 bilhões, deixando a outra metade com o governo federal. Paulo Guedes não queria a divisão dos recursos, pois já contava com o dinheiro para remendar o combalido Orçamento federal, mas acabou tendo de acei­tá-la. Ponto para Oliveira.

Somadas, as pautas-bomba — já aprovadas ou em discussão — têm potencial para ampliar o buraco nas contas do governo em mais de 200 bilhões de reais nos próximos anos. “A situação já era complicada o bastante. Agora será muito difícil conseguir cumprir a regra do teto dos gastos já em 2019”, analisa Lavieri. Novos rearranjos, como o corte de investimentos, terão de ser feitos para que o Orçamento atenda ao limite. A única certeza, nesse mar de incertezas, é que o Congresso de hoje armou uma armadilha para o governo de amanhã.

Bianca Alvarenga

 

Publicado em VEJA de 28 de novembro de 2018, edição nº 2610

 

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