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A reação dos mercados ao ataque de Israel ao Irã

Abertura de mercado: cotação do petróleo chegou a avançar 4% por preocupação com escoamento da produção da commodity, mas já cede 0,6% nesta manhã

Por Camila Barros Atualizado em 19 abr 2024, 08h51 - Publicado em 19 abr 2024, 08h35

Na madrugada desta sexta-feira, 19, Israel lançou mísseis em direção a uma base militar perto da cidade de Isfahan, no centro do Irã. Trata-se de uma retaliação após o ataque iraniano em território israelense no último sábado. A investida desta madrugada parece ter causado danos limitados, com militares iranianos afirmando que os mísseis foram interceptados. Ainda assim, teme-se a escalada do conflito entre as duas forças do Oriente Médio, inimigas geopolíticas de longa data. No mercado, o receio se traduz sobretudo na cotação do petróleo: durante as primeiras notícias do ataque, o brent chegou a subir 4%.

É que um confronto mais assíduo entre Israel e Irã pode comprometer o escoamento de petróleo no Estreito de Ormuz, passagem marítima na costa iraniana. Por lá escoa um terço da produção global de petróleo, já que esta é a rota utilizada pelos grandes produtores da região – Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes, Iraque e o próprio Irã. Por isso, um eventual fechamento de Ormuz poderia comprometer a oferta mundial de petróleo – e, consequentemente, elevar a cotação da commodity. 

Por ora, sem consequências diretas do ataque de Israel, a tensão no mercado perdeu força. Nesta manhã, o brent cede 0,6%. As bolsas asiáticas reagem com mais força ao conflito: o índice Nikkei, do Japão, caiu 2,66% no pregão; em Taiwan, -3,81% . 

Os futuros americanos também cedem nesta manhã. Por lá, com a agenda fraca de indicadores, os investidores voltam suas atenções ao discurso de Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, braço do BC americano. Acompanhando o pronunciamento de outros membros do Fed nesta semana, o dirigente deverá apontar que a luta contra a inflação nos EUA ainda não está ganha, e que o cenário inflacionário no país agora parece mais incerto que há meses atrás. 

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Os agentes do mercado estimam que o corte de juros no país deva começar em setembro – um recálculo de rota em relação há uma semana atrás, quando a maior parte das estimativas falava em junho. 

A mudança no cenário americano tem refletido diretamente no apetite dos investidores estrangeiros pelo Brasil: só em abril, eles já retiraram 7,79 bilhões de reais da bolsa brasileira. No acumulado de 2024, são 30 bilhões. Hoje o EWZ, ETF da bolsa de NY que acompanha o Ibovespa, cai mais de 1% no pré-mercado. Um mau presságio para o índice.

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