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A reação do guru do e-commerce brasileiro à taxação às asiáticas pelo país

Para German Quiroga, cofundador da Americanas.com, governo "errou na dose" em taxação de empresas que praticam cross border: "Faltou mais inteligência"

Por Felipe Mendes 26 abr 2023, 14h17

O empresário Germán Quiroga, sócio da consultoria Omni11, é praticamente um guru do comércio eletrônico brasileiro. Uma das cabeças por trás da criação do primeiro grande site de vendas do país, o da varejista Americanas, em 1999, ele acredita que o governo deve, sim, coibir a concorrência predatória por parte de sites asiáticos na internet, mas que a forma com que isso foi repassado para a população foi atabalhoada.

“Eles foram equivocados na medida, pelo excesso de taxação. É necessária uma equiparação de regras competitivas, mas os patamares que eles propuseram para o cross border ficaram injustos para o consumidor”, disse ele. “Faltou serem mais inteligentes na dose do remédio e, principalmente, uma comunicação mais hábil e eficiente.”

Na última quinta-feira, dia 20, a varejista de moda Shein, uma das empresas que estariam na mira da medida natimorta do governo, anunciou investimentos da ordem de 750 milhões de reais para pequenos e médios produtores têxteis do país para ampliar seu portfólio de produtos nacionais. A medida, segundo Quiroga, será efetiva. “Vejo com bons olhos. É uma forma inteligente de equalizar a competição”, diz ele. “A Shein tem diversas ferramentas de diferenciação. Mesmo equalizando os impostos eles serão competitivos para os consumidores, mas não terão vantagem competitiva dos impostos contra os competidores locais”, complementa.

Para Quiroga, o governo deve procurar alguma forma de equalizar a disputa no comércio eletrônico ou, além de perda de tributos, poderá ter um grande impacto para a conjuntura econômica e a geração de emprego do país. “Sem uma taxação, sem uma equiparação das posições competitivas, o varejo e a indústria locais vão começar a demitir mais, e essa situação vai se complicar ainda mais. Então, alguma forma de equiparação tem que existir. O impacto é real, mensurável, relevante e se não for feito nada a situação vai ficar ainda mais complexa, agravando ainda mais desemprego, recessão, entre outras coisas”, aponta o especialista. “Na prática, com a volta atrás, o governo está fazendo uma concessão para o consumidor, que não é sustentável, e vai ter que pensar em outra solução, quando já poderiam ter feito isso de primeira, antecipando qual seria a reação dos clientes.”

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