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A novela da compra do Twitter chegou ao fim? Musk diz que sim

Prazo para conclusão da compra se encerra nesta sexta-feira, 28; saiba como a transação afeta os negócios do investidor

Por Luisa Purchio Atualizado em 27 out 2022, 19h15 - Publicado em 27 out 2022, 12h52

O bilionário Elon Musk, dono da Tesla, afirmou na manhã desta quinta-feira, 27, que “adquiriu” o Twitter. A postagem em sua conta pessoal na rede ocorre um dia após Musk mudar a descrição em sua página para “Chief Twit” (tuíte chefe) e consiste em uma carta na qual explica por que resolveu comprar a empresa. “A razão pela qual adquiri o Twitter é por ser importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum”, disse ele. “Atualmente, há um grande perigo de que as mídias sociais se fragmentem em câmaras de eco de extrema direita e extrema esquerda que geram mais ódio e dividem nossa sociedade”, disse, afirmando ainda que a busca pelos cliques está causando perdas nas oportunidades de diálogo.

Apesar da afirmação, a empresa ainda não confirmou a compra, cujo prazo da conclusão da transação determinado por decisão judicial se encerra nesta sexta-feira, 28, às 17h. Ainda assim, informações de bastidores apontam que alguns bancos de investimento já estariam fazendo movimentações para enviar recursos para que ele possa executar e finalizar a operação, como a transferência de 13 bilhões de dólares em financiamento. A operação é liderada pelo Morgan Stanley.

Na quarta-feira, 26, Musk visitou a sede da empresa em São Francisco, nos Estados Unidos, e postou um vídeo carregando uma pia de porcelana. “Foi uma demonstração de que ele está preocupado que a empresa estaria afundando e provavelmente ele pode alterá-la e fazer algumas mudanças importantes”, diz Guilherme Zanin, analista da Avenue, fazendo uma relação entre a palavra “sinking”e “sink”, afundando e pia, respectivamente, em inglês.

Agora, os ânimos estariam mais cordiais e as partes, focadas na conclusão da aquisição, porém, a venda do Twitter para Musk envolveu muitos vai e vens e um ambiente de acusações entre os dois lados, entre elas a de que executivos do Twitter teriam fraudado o número de contas automatizadas e de spams na rede social. Musk chegou a desistir da aquisição devido às supostas mentiras sobre as estatísticas, mas voltou atrás após a possibilidade de sofrer um processo judicial desgastante. No começo de outubro, o bilionário afirmou que compraria a empresa pelo valor de 44 bilhões de dólares, o mesmo ofertado em abril.

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Mercado de ações

Para Zanin, analista da Avenue, a operação não gera muitos benefícios para os investidores de ações do Twitter. Isso porque os papeis estão negociando muito próximo ao valor de execução da operação, entre 53 e 54 dólares. “Provavelmente o investidor terá de entregar suas ações e procurar outras oportunidades. Lembrando que quem tem recibos (BDRs, ou seja, recibos brasileiros que representam as ações americanas) é capaz até de realizar um grande ganho, mas vai ter de pagar um Imposto de Renda elevado”, diz ele.

Já para o usuário, a intenção de Musk é criar um “superaplicativo”. Apelidado de “X”, ele se assemelharia ao WeChat, da China, e reuniria vários serviços, como rede social, pagamentos e até entregas de comida. Para a América e a Europa, a aposta é arriscada, uma vez que as regiões ainda não experimentaram esse tipo de plataforma que faz tanto sucesso na Ásia. O mercado cogita, ainda, a possibilidade de demissões em massa após a aquisição.

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