A lei que levou a revolta de funcionários da Disney na Flórida
Após não tomar posição sobre o projeto que proíbe as escolas a discutir questões de gênero, companhia se reunirá com trabalhadores para conter insatisfação
A Walt Disney Company, tentando reprimir um alvoroço interno sobre sua relutância em se opor publicamente a um projeto de lei da Flórida que proíbe as escolas de discutir questões de gênero com crianças pequenas, sediará uma reunião na prefeitura na próxima segunda-feira, 21, para discutir o assunto com os funcionários.
A reunião faz parte de uma política da empresa, chamada “Reimagine Tomorrow” (imagine novamente o amanhã), projetado para promover a diversidade e a inclusão na maior empresa de entretenimento do mundo. Reuniões anteriores cobriram representação negra, violência contra a comunidade asiático-americana e antissemitismo. A discussão analisará como o projeto de lei, que deve ser assinado pelo governador da Flórida, Ron DeSantis, pode afetar as famílias dos funcionários. Tanto que a Disney planeja transferir cerca de 2.000 trabalhadores da Califórnia para um novo campus no estado.
O CEO Bob Chapek inicialmente sustentou que a Disney não assumiria uma posição pública sobre o projeto – dizendo que as posições públicas sobre questões controversas geralmente são “armamentadas”. A visão mudou, entretanto, após um descontentamento generalizado dos trabalhadores, o que motivou um pedido de desculpas por parte de Chapek.
Alguns funcionários da Disney já realizaram uma semana de protestos internos, com planos para culminar em uma paralisação de um dia inteiro em 22 de março.