Montevidéu, 12 mar (EFE).- A América Latina aproveitará a 53ª Assembleia Anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), de 15 a 19 de março em Montevidéu, para expressar a inquietação diante do possível contágio à região da crise mundial pela eventual falta de medidas dos países industrializados e pela adoção de ações insuficientes.
‘Estamos preocupados com a possibilidade de uma resolução inadequada ou com uma solução que não consiga resolver os problemas que não ajudamos a gestar, nem podemos resolver, mas mesmo assim afetam nossa população’, afirmou o ministro da Economia do Uruguai, Fernando Lorenzo, na reunião.
A partir de quinta-feira, Uruguai receberá pela terceira vez a Assembleia anual do BID, depois das realizadas na cidade de Punta del Este em 1970 e 1984.
Segundo Lorenzo, pelos dados preliminares da organização, a reunião de Montevidéu contará com número recorde de 2,3 mil delegados estrangeiros, 500 a mais do que os convocados para os últimos encontros de Cancún (México) em 2010 e Calgary (Canadá) em 2011.
Entre os temas que serão analisados durante os seminários prévios às sessões plenárias está a vinculação entre o progresso econômico e a educação pelo trabalho, a participação público-privada na economia e uma iniciativa no marco de segurança cidadã.
Este último tema inquieta especialmente o BID porque apesar da América Latina ter 8% da população mundial, é palco de 30% dos homicídios do mundo.
Além disso, no fim de semana acontecerá a reunião do Conselho de Ministros de Economia e Finanças da União de Nações Sul-americanas (Unasul).
Haverá ainda um encontro dos países que fazem parte do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes) – Argentina, Brasil e México.
Dentro da Assembleia do BID, Montevidéu terá uma reunião do Conselho de Mercocidades, com autoridades de dezenas de localidades do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e diferentes atividades lúdicas para a população como concertos musicais e uma ciclovia no leito natural das águas da chuva de Montevidéu. EFE