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A grande bomba econômica que Lula precisará desarmar em 2023

Índice de inadimplência é o maior já registrado no país desde março de 2016; restrição no crédito inibe o crescimento do país

Por Larissa Quintino Atualizado em 7 nov 2022, 12h51 - Publicado em 7 nov 2022, 11h07

O cenário em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumirá o país em 2023 está longe de ser dos sonhos. Apesar da desaceleração da inflação e da reação do mercado de trabalho, há um grande problema que deve tirar o sono da nova equipe econômica: a taxa de inadimplência do país voltou a bater recordes, e tudo isso em um cenário de juros elevados. Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgado nesta segunda-feira, 7, o índice de inadimplência ficou em 30,3% em outubro, o maior desde março de 2016. 

De acordo com a confederação, o número de pessoas com restrição de crédito devido ao atraso nas contas representa três em cada dez brasileiros. Em um ano, o crescimento do indicador foi de 4,5 pontos percentuais. O índice de famílias endividadas é de 79,2%, praticamente oito em dez com dívidas a vencer. Entre elas, estão cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa. No caso do endividamento, houve recuo de 0,1 ponto em relação ao mês anterior. “O nível de endividamento alto e os juros elevados pioram as despesas financeiras associadas às dívidas em andamento, ficando mais difícil quitar todos os compromissos financeiros dentro do mês”, pontua José Tadros, presidente da CNC. 

O índice de inadimplência tem como efeito na economia brasileira um inibidor de crédito, já que famílias negativadas não conseguem pegar novas linhas de crédito para consumo, logo, consomem menos. A consequência do consumo menor reflete diretamente no crescimento da economia, já que o setor de serviços, onde o comércio está inserido, é o maior setor do PIB.

A preocupação com a inadimplência no país fez parte das propostas de governo de Lula, que prometeu um programa de renegociação de dívidas para famílias. A proposta, entretanto, não é prioridade absoluta, visto que deve ficar de fora da PEC de Transição – que deve abarcar um Bolsa Família de 600 reais, além de aumento real no salário mínimo. Chamado Desenrola Brasil, o programa prevê renegociar dívidas de famílias com renda de até 4 mil reais. A ideia é fazer um fundo garantidor do governo federal para a renegociação de dívidas entre o cidadão e a instituição credora.

 

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