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A disputa pela ‘paternidade’ do Pix continua

Em entrevista para o JN, o presidente ressaltou a criação do Pix, e gerou revolta de servidores do BC

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 ago 2022, 19h34 - Publicado em 23 ago 2022, 16h29

O presidente Jair Bolsonaro se concentrou numa blindagem contra confrontos na primeira sabatina com presidenciáveis realizada pelo Jornal Nacional nesta segunda-feira, 22. Tanto que pouco tempo sobrou para que entrasse mais na agenda econômica, uma das apostas de seu comitê de campanha para tentar furar a bolha de apoiadores mais fieis. Já nas considerações finais, Bolsonaro utilizou o Pix como arma eleitoral, voltando a um discurso muito reverberado por ele e seus eleitores no mês passado, quando a tensão entre o presidente e banqueiros esquentou devido à assinatura por parte de grandes nomes do PIB de manifestos em favor da democracia. Durante a entrevista, Bolsonaro se intitulou como o criador do sistema de pagamentos, mas a criação do sistema vem de antes de sua eleição, apesar de a implementação ter ocorrido em 2020, durante o seu governo.

“Fizemos o Pix, tirando dinheiro dos banqueiros”, disse Bolsonaro. Em nota, o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) repudiou mais uma vez o uso eleitoral do Pix. “Tal sistema de pagamento instantâneo foi criado e implementado pelos Analistas e Técnicos do Banco Central do Brasil – ou seja, por servidores concursados de estado, não pelo atual governante ou por qualquer outro governo”, diz o comunicado. O Banco Central deu início ao processo de criação do Pix em 2018, ainda durante o governo de Michel Temer. Segundo o Sinal, o projeto de criação e implementação do Pix não recebeu nenhum apoio (ou mesmo citação) durante a campanha eleitoral que elegeu o atual presidente da República. Além disso, em discurso público realizado em novembro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro declarou que o Pix era algo ligado à aviação civil, mostrando completo desconhecimento sobre o assunto, em momento posterior a já ter entrado em operação.

O sindicato ainda elencou uma série de obstáculos que foram criados pelo atual governo tanto para a implementação do Pix quanto para outros projetos da autarquia. O orçamento para o BC vem diminuindo desde 2019. A categoria foi uma das que realizaram paralisações reivindicando reajustes salariais após Bolsonaro conceder reajuste para policiais militares, categoria que forma grande parte de sua base de eleitores. “Ressaltando a imparcialidade do sindicato em relação a questões deste ou daquele partido político, pois nossa atuação é apartidária, deixamos clara uma coisa: o Sinal não vai permitir que nenhum candidato na campanha eleitoral de 2022 (seja de situação, de oposição ou independente) tente tirar proveito eleitoral indevido do trabalho feito por Analistas e Técnicos do BC. Governos passam; os servidores concursados do Estado brasileiro permanecem”, finaliza a nota.

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