A aceleração da economia americana, que avançou 5,7% em 2021
Agora com data para acabar, estímulos fiscais e monetários trilionários contribuíram com o bom resultado do país, que teve o melhor PIB desde 1984
Como resultado da política monetária expansionista e estímulos fiscais trilionários, a economia dos Estados Unidos colheu bons frutos em 2021 e cresceu 5,7%, a maior alta desde 1984, gestão de Ronald Reagan. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 27, pelo Escritório de Análises Econômicas (BEA, na sigla em inglês).
No quarto trimestre de 2021, o crescimento anualizado do Produto Interno Bruto foi de 6,9%, alta significativa em relação ao terceiro trimestre, que cresceu 2,3%. A subida se deve principalmente ao aumento das exportações, dos investimentos em estoques e dos gastos do consumidor.
Estes fatores positivos superaram as dificuldades causadas pela variante Delta do novo coronavírus. “Os casos de Covid-19 resultaram em contínuas restrições e interrupções nas operações de estabelecimentos em algumas partes do país. Os pagamentos de assistência do governo na forma de empréstimos perdoáveis a empresas, concessões a governos estaduais e locais e benefícios sociais a famílias diminuíram à medida que as provisões de vários programas federais expiraram ou diminuíram”, disse o BEA em nota.
As projeções para o crescimento do PIB dos Estados Unidos em 2022 são de 4%, de acordo com um relatório publicado esta semana pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A instituição cortou as previsões em 1,2 ponto percentual devido à variante Ômicron da Covid-19, além do aperto monetário e fiscal do país.